Estante da Sala

#52FilmsByWomen: a conclusão

Foi no dia 1º de outubro de 2015 que eu comecei a participar do desafio #52FilmsByWomen ou 52 Filmes por Mulheres. Para quem não sabe, a ideia consiste em assistir a um filme dirigido por uma mulher por semana, durante um ano, totalizando os tais cinquenta e dois. O que o desafio me proporcionou foram muitas descobertas maravilhosas e um novo projeto, o Feito por Elas, em que toda quinzena debatemos alguns filmes da filmografia de uma diretora.  Optei por não contabilizar os curtas e, ao final do período estipulado, foram 72 longas assistidos e dentre eles, grandes descobertas. Foi bom rever

Janelas: Nome de Família

Nome de Família (The Namesake, 2006) é dirigido pela cineasta indiana de diáspora Mira Nair. Focado na migração de um casal de indianos para os Estados Unidos, o filme aborda a diferença entre as gerações, os conflitos entre individualidade e tradição e, claro, o sentimento de pertencimento em um local ou comunidade, tudo isso colorido por cores maravilhosas. É o meu 56º filme assistido para o desafio #52FilmsByWomen.  

A Vingança Está na Moda (The Dressmaker, 2015)

Adaptado do livro homônimo de Rosalie Ham, A Vingança Está na Moda narra a história de Tilly Dunage (Kate Winslet), uma mulher que retorna a Dungatar, seu vilarejo de origem no interior da Austrália na década de 1950, após anos morando na Europa. Tilly foi afastada ainda criança da cidade sob a acusação de ter assassinado um colega de escola. Volta para casa para cuidar de sua mãe, Molly (Judy Davis), que também é, de certa forma, uma pária na cidade, primeiramente por ter sido mãe solteira e agora por ser considerada louca. Adulta, Tilly pretende se vingar de todos os que lhe causaram

Janelas: Cléo das 5 às 7

Cléo das 5 às 7 (Cléo de 5 à 7, 1962) é dirigido por Agnès Varda e tem temas como gênero, vaidade, solidão e medo da morte, com influências do feminismo e do existencialismo de então. Os espelhos tem grande papel visual nas cenas, como fica claro nessas imagens. É o filme número 32 do meu desafio #52FilmsByWomen. https://www.youtube.com/watch?v=5StVkm7cPdM

Janelas: As Pequenas Margaridas

Ultimamente, quando eu gosto de um filme, quase nunca tenho tempo para escrever sobre ele. Mas muitas vezes eu salvo cenas deles, que funcionam como pequenas janelas para observar aquele mundo diegético e para apreciar a estética escolhida. Por isso decidi começar a compartilhar aqui algumas dessas imagens e chama-las, justamente, de Janelas. O primeiro filme será As Pequenas Margaridas (Sedmikrásky, 1966), de Vera Chytilová, número 29 que assisti para o desafio #52FilmsByWomen. Trata-se de uma obra parte em preto e branco e parte colorida, mas totalmente provocadora e com grande energia.

Boa Noite, Mamãe (Ich Seh Ich Seh, 2014)

Boa Noite, Mamãe chega ao Brasil acompanhado de muita repercussão em sua trajetória em festivais no exterior. O suspense austríaco é roteirizado e dirigido pela dupla Severin Fiala e Veronika Franz e trata de dois irmão gêmeos Lukas e Elias (vividos pelos ótimos Lukas e Elias Schwarz) que se sentem desconfiados da própria Mãe (Susanne Wuest) quando esta retorna para casa após uma cirurgia. O seu comportamento causa estranhamento e ele desconfiam que ela pode não ser quem parece. A primeira metade do filme trabalha fortemente a construção de atmosfera e o suspense psicológico. Os elementos visuais chamam a atenção:

Paris is Burning (1990)

Paris is Burning é o perfeito retrato de uma cultura em um local e época específicos. O documentário de 1990, dirigido por Jennie Livingston, foi filmado entre 1985 e 1989 nos bailes queer do Harlem, em Nova York. Seus protagonistas são os participantes deles, majoritariamente compostos por homens gays e mulheres trans, negros e latinos. O filme possibilita a reflexão sobre as exclusões sistêmicas de cunho étnico-racial e de classe a que seus personagens são submetidos. Sonhando com riqueza, aceitação e uma vida melhor, eles competem em desfiles de drag em categorias como “empresário”, “estudante universitário”, “magnata do campo”, entre outras, mostrando que se