Estante da Sala

Figurino: Quanto Mais Quente Melhor

Texto originalmente publicado na coluna Vestindo o Filme. Bem, ninguém é perfeito! Lançada em 1959 e dirigida por Billy Wilder, Quanto Mais Quente Melhor é considerada uma das melhores comédias de todos os tempos. A trama é bastante simples: na Chicago de 1929, Jerry (Jack Lemmon) e Joe (Tony Curtis), dois músicos com problemas financeiros, testemunham uma matança perpetrada pela máfia. Para fugir da queima de arquivo que viria a seguir, adotam os nomes “Daphne” e “Josephine” e juntam-se a uma banda composta só por mulheres. Lá eles conhecem a encantadora cantora Sugar (Marylin Monroe) e o grupo segue para uma

Enquanto Somos Jovens (While We’re Young, 2014)

“He’s not evil, he’s just… young”. Não sou nenhuma especialista em mumblecore, movimento de onde saiu Noah Baumbach, diretor de Enquanto Somos Jovens. Mas mesmo sem ter muito referencial sobre esse contexto, o pouco que vi, gostei. Antes desse filme só havia assistido a Frances Ha, um filme com o qual me identifiquei muito. E aqui novamente ele consegue facilmente  criar empatia entre expectador e personagens, graças a construção bastante humana destes. Dessa vez os protagonistas são quatro: Josh (Ben Stiller) e Cornelia (Naomi Watts) um casal de quarentões; e Jamie (Adam Driver) e Darby (amanda Seyfried), jovens de vinte e poucos anos.

Figurino: Um Príncipe em Nova York

Texto originalmente publicado na coluna Vestindo o Filme em 05/06/2015. Clássico da Sessão da Tarde, Um Príncipe em Nova York é uma comédia-romântica escrita por Eddie Murphy, dirigida por John Landis e com figurino de Deborah Nadoolman, estabelecida como um dos grandes nomes dos anos 80. A figurinista criou trajes icônicos como a jaqueta vermelha de Michael Jackson em Thriller e a roupa de Indiana Jones, incluindo sua jaqueta e chapéu, característicos do personagem; mas, infelizmente, precisou parar de trabalhar na área para cuidar dos filhos. Neste filme de 1988, Eddie Murphy interpreta o príncipe Akeem, herdeiro do trono de

Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo (Seeking a Friend for the End of the World, 2012)

Corte de cabelo moderninho, vestido lilás, all star sem meia (meus dedinhos doem só de olhar) e casacão. Penny, a personagem de Keira Knightley se apresenta de forma a deixar claro que é uma pessoa peculiar. O fato de às vésperas do fim do mundo se agarrar aos seus vinis como se disso dependesse sua sobrevivência deveria ajudar a enfatizar essa característica, embora nenhum sentido jamais seja dado a eles. A personagem se resume a isso: mais uma protagonista de comédia romântica diferentona e sem profundidade. Eu escrevi comédia? É engraçado (sem trocadilhos), porque o filme jamais acerta o tom no humor,

Figurino: Yuppies e feminismo no cinema dos anos 80

Texto originalmente publicado na coluna Vestindo o Filme em 12/11/2014. Os anos 80 trouxeram consigo uma reação à geração da contracultura: depois que o sonho acabou, conservadorismo e individualismo tomaram o lugar dos ideais anteriores. Nos Estados Unidos, especificamente, houve a ascensão dos chamados “yuppies”, termo vindo de “young urban professional”, jovens profissionais urbanos altamente competitivos e preocupados com a imagem. Nessa mesma época vicejava a segunda onda do feminismo. Se a primeira onda, já no começo do século XX, reivindicava para as mulheres direitos básicos, como o de votar, a segunda clamava por igualdade de tratamento e de direitos

Orgulho e Esperança (Pride, 2014)

Não pretendia escrever sobre esse filme aqui no blog, uma vez que já o havia feito em poucas palavras no Letterboxd, mas mudei de ideia. Esse é um filme que merece ser falado e espalhado. Não é que seja uma obra-prima ou que vá deixar o espectador sem ar diante de sua técnica impecável: é que trata-se de uma obra necessário, que introjeta otimismo em quem o assiste. A trama é baseada em uma história que ocorreu no Reino Unido em 1984: os mineradores do País de Gales entraram em greve por melhores condições de trabalho e tiveram seu salários

Figurino: Cinderela em Paris

Texto originalmente publicado na coluna Vestindo o Filme em 17/09/2014. Banish the black, burn the blue, and bury the beige. From now on, girls, think pink! Cinderela em Paris, de 1957, é um filme que reúne múltiplos talentos em sua execução. O diretor é Stanley Donen, que cinco anos antes havia entregue Cantando na Chuva, um dos melhores musicais de todos os tempos. Os atores principais são Audrey Hepburn, que se estabelecia como estrela após o sucesso de A Princesa e o Plebeu e Sabrina; e Fred Astaire, já veterano. A figurinista é Edith Head, figura mítica da profissão, com