Estante da Sala

[44ª Mostra de São Paulo] Charlatão

Esta crítica faz parte da cobertura da 44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 22 de outubro e 4 de novembro em formato online. Após Mr. Jones, Agnieszka Holland novamente trabalha com uma figura relacionada à história soviética. Dessa vez trata-se de Jan Mikolásek (Ivan Trojan), curandeiro e herbalista austro-húngaro que se tornou um sucesso na então Checoslováquia entre as décadas de 1930 e 1950. O roteiro de Charlatão (Charlatan, 2020) foi escrito por Marek Epstein, que também publicou um livro sobre o personagem. A trajetória de Mikolásek nos é apresentada por flashbacks que, entre outros

Cinema e Televisão em Cuba

Sem cultura não há liberdade possível. (Fidel Castro) Vou escrever sob o ponto de vista da minha experiência pessoal no país. A percepção pode estar equivocada devido ao pouco contato mais profundo. Para quem não sabe, entre os dias 8 e 19 de março de 2015 estive em Cuba, em função de um congresso de Antropologia. Durante a estadia, passei por três cidades e me hospedei na casa de três famílias diferentes. Em todas as casas uma televisão de LCD de tela grande reinava gloriosa na sala. Esportes, noticiários e telenovelas predominavam todas as noites, de forma similar ao Brasil.

Cine Olympia- Belém

O Cine Olympia (ou oficialmente Espaço Municipal Cine Olympia) é considerado o cinema mais antigo em funcionamento do Brasil. Localizado em frente ao Theatro da Paz, um dos principais pontos turísticos da cidade de Belém, no Pará, ele foi fundado em 1912 e encerrou suas atividades comerciais em 2006. Pouco tempo depois a Prefeitura da cidade o reabriu para exibição gratuita de filmes. A programação consiste em filmes fora do circuito comercial, que ficam em cartaz por uma semana, exibidos uma vez por dia, sempre de noite. No dia 5 de novembro eu tive o prazer de assistir a um

Herbert Holetz, Cine Busch e …E o Vento Levou: O Amor Pelo Cinema em Blumenau

Herbert Holetz faleceu no dia 19 de setembro de 2013. Quase um ano se passou. Queria ter escrito algo e me vi adiando o ato. O nome provavelmente não desperta memórias em quem não é de Blumenau, mas quem é da cidade conhece o Seo Holetz, como era conhecido, por sua intensa cinefilia. Sua história de vida se mistura à de existência do lendário Cine Busch e ambos à paixão pelo cinema de centenas de blumenauenses. Seo Holetz, começou a trabalhar como lanterninha, passou a bilheteiro e e por fim gerente do grande cinema da cidade. Foram mais de quatro décadas