Estante da Sala

Melhores filmes dirigidos por mulheres da década

Nesse final de ano organizei uma lista de 50 melhores filmes dirigidos por mulheres da década de 2010 no Feito por Elas, convidando jornalistas, críticas e pesquisadoras para enviar seus votos. O resultado pode ser conferido no site. Abaixo listo meus 10 votos e 5 menções honrosas. O critério da lista leva em conta a data de produção, uma vez que alguns desses filmes nunca foram lançados comercialmente no Brasil, o que explica o 1º lugar. Também tenho um critério pessoal de apenas 1 filme por diretor/a em cada lista. Se não fosse isso, talvez a lista fosse diferente. A lista também

Os 20 melhores filmes vistos pela primeira vez em 2018

Essa lista, que faço todos os anos, são dos melhores filmes que eu vi pela primeira vez no ano e que não são lançamentos. Como sempre, para facilitar, escolhi apenas filmes ficcionais de longa metragem.  Além disso, para abrir espaço à variedade, diretoras e diretores com mais de um filme que preenchessem esse critério tiveram só um listado. Outros filmes com avaliação alta vistos esse ano, mas com direção repetida, serão colocados abaixo. A lista também pode ser conferida no letterboxd. Filmes sobre os quais escrevi ou gravei podcast tem links no título e a ordem da disposição é cronológica. As

Sobre cineastas e grandes orçamentos

Tem certas coisas que, quando vemos, só dá pra dizer, como se fala na minha terra, que é de cair o c* da bunda. Perdoem-me a finesse. É o caso do tuíte abaixo, do Hollywood Reporter. #acessível: Twitter do Hollywood Reporter onde se lê “#MulherMaravilha Warner Bros. está apostando 150 milhões de dólares em uma cineasta cujo único crédito anterior no cinema foi um filme indie de 8 milhões”. Twitter de Scott Beggs respondendo: “Contexto: mulher faz um sucesso de crítica e e de bilheteria que ganha um Oscar… Tem que esperar fodidos 14 anos para ser contratada para um

Figurino: Precisamos Falar Sobre o Kevin

“Costumava pensar que sabia. Agora não tenho certeza.” Uma das sequências iniciais já entrega: apesar de ter a tensão construída de maneira gradual e sem uso de violência gráfica, os signos que dão pistas do antecipado desfecho não são sutis. A protagonista, Eva (Tilda Swinton) aparece em um flashback sendo carregada, com os braços abertos em cruz, em meio ao festival La Tomatina, na Espanha. A imagem se conecta à jornada de calvário da personagem. O ideário de martírio e penitência começa com próprio nome: Eva, a primeira mulher, a mãe e a responsável pelo pecado original. A culpa relacionada