Estante da Sala

Dumbo (2019)

Vindo na esteira de outras reimaginações em live action de clássicos dos estúdios Disney, como Malévola, Cinderela e A Bela e A Fera, Dumbo chega aos cinemas trazendo uma nova versão da história do bebê-elefante que pode voar. Dirigido por Tim Burton, com roteiro de Ehren Kruger, o filme se passa no pós-guerra em 1919, no circo de Max Medici (Dany DeVito), que comprou uma elefanta grávida com o intuito de lucrar com as apresentações do futuro bebê. Ele afirma que em um circo é necessário ser prático, fala que parece entrar em choque com a própria ideia de espetáculo

10 anos de Estante da Sala

Nem acredito que esse dia chegou! No dia 5 de fevereiro de 2009 eu escrevi a primeira postagem nesse blog: era uma receita de massa de pizza. Eu estava formada há uns quatro meses, desempregada e imensamente frustrada. As coisas não estavam dando certo. Mas o blog veio como a possibilidade de escrever sobre coisas que me interessavam. O nome “Estante da Sala” veio da ideia de que esse móvel pode comportar livros, jogos de videogame e filmes, as coisas com as quais eu mais me envolvia na época. Mas eu também cozinhava (e cozinho) muito, então logo ele foi

Vidro (Glass, 2019)

Você já foi a a uma convenção de quadrinhos? [spoilers moderados à frente] Corpo Fechado (Unbreakable, 2000), foi vendido como um filme de suspense que se revelou um filme de super-heróis, e talvez por isso tenha decepcionado tanta gente na época, logo depois do sucesso estrondoso de Sexto Sentido. Sem efeitos digitais vistosos, sem collants e (quase) sem capas, o filme retratava David Dunn (e a dupla de iniciais coincidente não é por acaso), interpretado por Bruce Willis, descobrindo seu poder de indestrutibilidade, guiado por Elijah Price, que é vivido por Samuel L. Jackson. Elijah tentava ao mesmo tempo ser

Melhores filmes de 2018

Também conhecido como “os filmes que eu mais gostei de ver”, portanto algo bastante pessoal. Novamente não fiz repescagem em dezembro, porque estou cansada e não quis correr atrás do que deixei pelo caminho. Esse ano foi recheado de trabalho, incluindo dois júris (no Festival Internacional do Mulheres no Cinema e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo), alguns debates, eventos acadêmicos, docência e minha admissão na ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Sobre essa retrospectiva, devo avisar que não tomei grande cuidado ao ordenar os filmes e depois do décimo quinto já não obedecem mais ordem alguma

Os 20 melhores filmes vistos pela primeira vez em 2018

Essa lista, que faço todos os anos, são dos melhores filmes que eu vi pela primeira vez no ano e que não são lançamentos. Como sempre, para facilitar, escolhi apenas filmes ficcionais de longa metragem.  Além disso, para abrir espaço à variedade, diretoras e diretores com mais de um filme que preenchessem esse critério tiveram só um listado. Outros filmes com avaliação alta vistos esse ano, mas com direção repetida, serão colocados abaixo. A lista também pode ser conferida no letterboxd. Filmes sobre os quais escrevi ou gravei podcast tem links no título e a ordem da disposição é cronológica. As

Melhores documentários assistidos em 2018

Pela quinta vez eu elaboro essa lista contendo os melhores documentários assistidos no ano, que por algum motivo nem entram na lista de melhores filmes nem abarcam somente lançamentos. Por que separá-los dessa fora? Bom, primeiro porque gosto muito de documentários, mas principalmente porque sim, porque é mais fácil de elaborar a lista de melhores do ano e facilita minha vida assim. A lista abaixo está grosseiramente ordenada por preferência e está disponível no letterboxd. Filmes sobre os quais escrevi ou gravei podcast estão devidamente linkados. A Valsa de Waldheim (Waldheims Walzer, 2018) Direção: Ruth Beckermann Half the Picture (2018) Direção: Amy Adrion Nitrate Kisses (1992) Direção: Barbara Hammer

As Viúvas (Widows, 2018)

Baseado na minissérie britânica As Damas de Ouro (Widows, 1983), As Viúvas é o quarto longa do diretor Steve McQueen, que escreve o roteiro em parceria com Gillian Flynn. As protagonistas são Veronica (Viola Davis), Linda (Michelle Rodrigues), Alice (Elizabeth Debicki) e Amanda (Carrie Coon), cujos maridos, liderados por Harry Rawlings (Liam Neeson) morreram na explosão de uma van utilizada em um roubo. Logo na primeira sequência a montagem contrasta a calmaria doméstica com o caos nas ruas. O relacionamento harmonioso de Harry e Veronica vai até o limite das atividades realizadas por ele: embora ela pareça saber de onde vem