Estante da Sala

Sense8

Esse texto foi originalmente escrito para a revista LumeScope em 04/06/2018 No dia 24 de junho último, foi ao ar na plataforma de streaming Netflix o episódio final do seriado Sense8, criado por Lana e Lilly Wachowski. Dirigido por Lana Wachowski, ele tratou de arrematar algumas pontas que haviam ficado soltas com o cancelamento do programa ao fim da segunda temporada. A maior parte das soluções encontradas para produzir um desfecho diziam mais sobre os personagens e sua relação com as pessoas que assistem a eles do que sobre a trama proposta inicialmente. A série aborda a história de oito

Hollywood: quando a história não é o suficiente

Que Ryan Murphy é um showrunner divisivo todos que acompanham televisão sabem. Emplacando sucesso atrás de sucesso, muitas vezes se aponta a falta de sutileza de seus roteiros. Para mim, geralmente ele acerta, com as devidas ressalvas, se tomarmos como referência justamente seus aspectos novelescos e pendor para o kitsch. Gosto do começo de Glee, da primeira temporada de American Crime Story (a única que vi) e de Pose (levando em conta o excesso de glamourização). Por fim, apesar de algumas ficcionalizações problemáticas, realmente acho Feud: Bette & Joan uma série ótima, que me entrega algo que eu (e provavelmente

Sansa Stark e o ódio pelo feminino

Em Game of Thrones, tanto nos livros como na série, Sansa Stark (interpretada por Sophie Turner) sempre foi uma personagem odiada pelo público em geral. Agora, com o avançar das temporadas e a evolução dos personagens, fica claro que sua trajetória de crescimento é uma das mais coerentes, sem mudar quem ela sempre foi. O ódio por ela sempre foi pautado em misoginia e repúdio por tudo que é tradicionalmente feminino. Sansa, que no começo da história nos livros tem onze anos, foi desprezada (e apelidada de “Sonsa”) basicamente porque gostava de bolos de limão, de vestidos bonitos e de

Marie Kondo em dose dupla

Na virada do ano eu vi que havia entrado para o catálogo da Netflix um seriado chamado Ordem na Casa com Marie Kondo (Tidying Up with Marie Kondo, 2019) e eu pensei “por que não, não é?”. A decisão mostrou-se uma armadilha, porque desde então quando tenho intervalos maiores eu paro para organizar alguma coisa. Esse é aquele tipo de reality show em que cada episódio nos apresenta a uma pessoa ou grupo de pessoas que precisam de ajuda dos apresentadores, no melhor estilo Queer Eye. Nesse caso todos eles precisam organizar suas casas e cada um é uma amostra completa do método

Sense8: o final

[Esse texto foi originalmente postado na newsletter quinzenal enviada para madrinhas e padrinhos do Feito por Elas, em 10/06/2018, na sessão de recomendações do que assistir na Netflix]. Nem comecei a escrever e já estou com vergonha (não-alheia, própria mesmo). Acabei de ver o episódio final de Sense8, seriado criado pelas irmãs Wachowski e que será a indicação da Netflix dessa quinzena. E com “acabei” quero dizer acabei mesmo, só saí da frente da TV e peguei o computador. Ainda tem lágrimas correndo no meu rosto. Costumo me apegar demais a seriados quando me envolvo com os personagens. Lembro o tanto

Jessica Jones

Já faz algumas semanas que a Netflix lançou sua série original Jessica Jones, baseada na heroína dos quadrinhos de mesmo nome e parte do Universo Marvel. A história, assim como de Demolidor, a série anterior do serviço de vídeo on demand, se passa em Hell’s Kitchen, um bairro fictício na cidade de Nova York. A protagonista, Jessica (Krysten Ritter), é uma mulher com força física acima do comum, mas psicologicamente abalada pelos abusos físicos e mentais perpetrados no passado por Kilgrave (David Tennant), o vilão da história, capaz de ter controle mental sobre suas vítimas. Trata-se de um noir, e a personagem não

Indicados ao prêmio do Sindicato dos Figurinistas

O Sindicato dos Figurinistas dos Estados Unidos (Costume Designers Guild) anunciou a sua lista de indicados ao seu 17º prêmio anual. Os vencedores serão revelados em 17 de fevereiro. Eis a lista completa: Excelência em Filme Contemporâneo Birdman – Albert Wolsky Boyhood – Kari Perkins Garota Exemplar – Trish Summerville Interestelar – Mary Zophres Livre – Melissa Bruning Excelência em Filme de Época O Grande Hotel Budapeste – Milena Canonero O Jogo da Imitação – Sammy Sheldon Differ Vício Inerente – Mark Bridges Selma – Ruth E. Carter A Teoria de Tudo – Steven Noble Excelência em Filme de Fantasia Guardiões da Galáxia – Alexandra Byrne O