Estante da Sala

Filmes Assistidos em Agosto

Este mês foi atribulado. Durante os sete primeiros dias estive ausente e não assisti a nenhum filme. Após isso minhas aulas recomeçaram e tenho ainda menos tempo do que no semestre anterior. Assisti aos filmes de forma quase aleatórias: fui vendo o que foi aparecendo, conforme tinha tempo. Ainda assim não consegui ver muitos. O sistema de notas segue o mesmo: de zero a cinco estrelas, sendo que esta é minha avaliação no momento, já que não penso na avaliação de forma sedimentada. Os filmes estão separados pela “temática” que me levou a assisti-los e os que foram sem motivo específico,

Amantes Eternos (Only Lover Left Alive, 2013)

Amantes Eternos, de Jim Jarmusch, é um filme de ambientes e personagens, de uma simplicidade complexa e hipnótica. Eve (Tilda Swinton) e Adam (Tom Hiddleston) são dois amantes separados pelo espaço: ela mora em Tanger (Marrocos) e ele em Detroit. As sequências inicias já deixam claro a poética e beleza do filme: o universo gira e eles giram após beberem um pequeno cálice de sangue cada. A palavra “vampiro” jamais é mencionada no filme, mas sua natureza é logo deixada clara. Quando Eve sai de casa, vestindo um traje claro e com um véu cobrindo-lhe parcialmente os cabelos e o

O Grande Hotel Budapeste, cores e perspectivas

Quando analisamos um filme de Wes Anderson dois aspectos principais chamam a atenção: o uso de cores e a perspectiva. Seu novo filme, O Grande Hotel Budapeste, por exemplo, tem cenas que ocorrem em três décadas diferentes, cada década representada por um esquema de cores próprio. É interessante tentar analisar as composições de cores no filme. Tomemos um círculo cromático, por exemplo. Esse círculo já foi visto e feito por todos que já tiveram algum tipo de aula de desenho. Trata-se das três cores primárias (azul, amarelo e vermelho) combinadas para gerar as três cores secundárias (verde laranja e roxo),

Guardiões da Galáxia (Guardians of the Galaxy, 2014)

A essa altura todo mundo já comentou sobre o novo filme da Marvel/Disney, então não vou me prolongar. Não sou muito fã de filmes de heróis (com exceção de X Men) mas dessa vez , ao contrário do que geralmente acontece, não revirei os olhos, não achei (todas) as piadas forçadas e estava genuinamente interessada nos personagens. É fato que eles não são suficientemente desenvolvidos, mas já o são o suficiente para que eu soltasse “oooh” e me emocionasse com uma árvore ambulante (Groot, dublado por Vin Diesel), que é o personagem mais mágico do filme. Talvez o maior problema para

Filmes Assistidos em Julho

Esse mês, como tive menos dias de aula, consegui ver alguns filmes mais do que o que pude nos meses anteriores. Aproveitei pra dar uma geral: vi muita coisa da minha lista na Netflix, assisti alguns de diretores que gosto e que quero completar as filmografias, revi outros tantos (porque às vezes é bom). O sistema de notas segue o mesmo: de zero a cinco estrelas, sendo que esta é minha avaliação no momento, já que não penso na avalização de forma sedimentada. Os filmes estão separados pela “temática” que me levou a assisti-los e os que foram se motivo

Drácula, A Noite Americana e pequenos truques do Cinema

Algumas coisas uma vez vistas, jamais são esquecidas. Há alguns anos assisti a um filme fantástico chamado A Noite Americana (La Nuit Américaine, 1973), dirigido por François Truffaut. Gosto muito de filmes que falam sobre o “fazer cinema” e este é um deles: encena a gravação de um filme fictício e de quebra nos mostra vários truques e práticas usados no processo. Depois de vê-lo é impossível não reparar nos figurantes andando em cenas externas em uma rua, por exemplo. Uma das técnicas que ele apresenta é a que dá nome ao filme, que consiste em filmar uma cena de dia

Aguirre e Fitzcarraldo: delírios amazônicos de Herzog

Existem filmes que quando assistimos, sabemos que estamos presenciando um grande feito. Aguirre, a Cólera dos Deuses (Aguirre, der Zorn Gottes, 1972) e Fitzcarraldo (1982) são dois deles. Dirigidos pelo alemão Werner Herzog, ambos compartilham a megalomania de suas produções, o ator Klaus Kinski no papel do personagem-título e o cenário: a floresta Amazônica.  Aguirre é um personagem louco a ambicioso, que participa de uma expedição em busca do El Dorado e quando os líderes desta decidem desistir, provoca um motim para seguir em diante. Kinski é uma verdadeira força da natureza, intenso e tresloucado. A mata que envolve a todos