Estante da Sala

O Silêncio dos Inocentes em Closes

Impressiona a maneira como o diretor Jonatham Demmes, juntamente com o diretor de fotografia Tak Fujimoto, inseriu close ups ao longo de toda a narrativa de O Silêncio dos Inocentes (1991), ao mesmo tempo explorando as emoções dos personagens e aumentando a sensação de tensão, pela exclusão do entorno. Quase sempre os personagens olham diretamente para a câmera (e consequentemente para o espectador), de maneira a intensificar a transmição das emoções sentidas em cena.  Fiz uma compilação de alguns momentos em que a técnica é utilizada, mas esses não foram os únicos. Muitos personagens secundários também aparecem em close. Além disso

Diário de Uma Paixão (The Notebook, 2004)

https://www.youtube.com/watch?v=_m_6gawr2OE Assisti esse filme há muitos anos e lembro-me de não ter ficado nada impressionada. Com o passar do tempo, percebi que muitas pessoas gostam genuinamente dele e resolvi, então, revê-lo. Acho que dessa vez gostei menos ainda. É fácil tentar simpatizar com a trama: história de amor proibido, “Romeu e Julieta”, capaz de superar todos os obstáculos? Como não gostar? Dois bonitinhos, Ryan Gosling e Rachel McAdams nos papeis principais, como Noah e Allie e teríamos a fórmula perfeita, certo? Acontece que tudo parece dar errado nessa combinação. A história, baseada em uma romance de Nicholas Sparks, é puro

Um Ano de “Vestindo o Filme”

Nem parece, mas passou-se um ano: no dia 8 de julho de 2013 o primeiro texto da coluna Vestindo o Filme foi ao ar no Cinema em Cena. Como muitos cinéfilos Brasil afora, fui leitora do site por anos e integrar a equipe foi uma coisa louca. Para comemorar essa data, resolvi escolher as dez postagens que mais gostei. Não são necessariamente as que mais tiveram compartilhamentos ou comentários. São aquelas cujo processo de escrita ou resultado final eu pessoalmente mais gostei. Embora seja sobre ele que eu escreva, raramente é o figurino como forma que me chama a atenção

Filmes Assistidos em Junho

Com o mestrando apertando meu calendário está sendo cada vez mais difícil ter tempo livro para assistir um filme. Cheguei a ficar quase duas semanas sem fazê-lo, estudando de manhã, de tarde e de noite, sete dias por semana e capotando nos horários vagos. De qualquer forma, segue abaixo a lista deste último mês, no mesmo esquema de sempre:  não gosto de dar notas aqui no blog, porque eu tendo a mudá-las constantemente conforme a digestão da película. Dessa forma essas notas abaixo são o reflexo da minha avaliação neste momento, não são sedimentadas: servem apenas como base para ter uma noção

A Culpa é das Estrelas (The Fault in Our Stars/2014)

Ao chegar em casa após ter assistido A Culpa é das Estrelas, do diretor Josh Boone, lancei um questionamento ao twitter: “Seria o Augustus de A Culpa é das Estrelas o primeiro manic pixie dream boy?”. Meu amigo Breno prontamente responde que essa pedra já havia sido cantada por Matt Patches, da Vulture, em um ótimo artigo seu. @iwittmann não vi o filme ainda, mas acho que @misterpatches cantou essa pedra no texto dele sobre o filme. — Breno Santos (@brendons) June 17, 2014 Pois bem, todos os sintomas estão lá: Gus (Ansel Elgort) é engraçado, bem-humorado e parece ter

Malévola (Maleficent/ 2014)

Dando sequência a tendência de recontar contos de fadas conhecidos, desta vez é a própria Disney que o faz, utilizando como base sua animação A Bela Adormecida, de 1959, para então relatá-la sob o ponto de vista de Malévola, a vilã daquela versão. A animação, embora visualmente bastante bonita, com cenários e fundos modernos e uma bela trilha sonora, tem uma história que datou (se é que já não era datada ao ser lançada): princesa Aurora foi amaldiçoada por Malévola e morreria aos 16 anos. Foi presenteada por fadas-madrinha com o dom da beleza e do canto (quem precisa de outra

Filmes Assistidos em Maio

O de sempre: não gosto de dar notas aqui no blog, porque eu tendo a mudá-las constantemente conforme a digestão da película. Dessa forma essas notas abaixo são o reflexo da minha avaliação neste momento, não são sedimentadas: servem apenas como base para ter uma noção do quanto gostei do filme (ou não). Nem todos os filmes foram vistos pela primeira vez. A lista está em ordem cronológica da data em que foram assistidos e a avaliação é de zero a cinco. Separarei dessa ordem filmes que assisti por motivos e temáticas específicas. E o mestrado segue mantendo contagem baixa de filmes que