Assistido em 15/09/2013
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Clássico dirigido por Hitchcock, Intriga Internacional nos prende à aventura do homem comum que se vê deslocado para dentro de um mundo de mentiras e espionagens. Cary Grant é George O. Thornhill, o homem que é confundido com um espião internacional chamado George Kaplan em plena Guerra Fria. Após um começo frenético em que é levado a uma mansão, pretendem convencê-lo a trabalhar para eles (mas que “eles”?) e após sua recusa, tentam matá-lo de uma forma que pareça morte natural. George sobrevive e resolve fazer parte do jogo, fingindo-se espião para tentar descobrir o que está acontecendo. Em meio a sua jornada, conhece a bela Eve Kendall (Eva Marie Saint), que depois descobrirá fazer parte de toda essa intrincada trama. Sei que é clichê, mas Eve é uma perfeita loira de Hitchcock. Extremamente fria e série, veste terninhos impecáveis e com pouco sex appeal. Apesar disso é uma das que mais expressam sua sexualidade, ainda que dentro dos limites da censura da época. Afinal, não é toda mocinha de filme da década de 50 que convida o co-protagonista para dormir em sua cabine de trem no primeiro dia em que se conhecem, com diálogos cheios de insinuações (e o que aconteceu fica por conta do expectador imaginar).
O filme conta com algumas cenas bastante famosas. Uma delas o é por ser um erro de gravação memorável: durante a sequência no restaurante em que há um tiroteio, um menino nos fundos cobre as orelhas antes do mesmo começar.
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Outra cena, copiada, adaptada e referenciada à exaustão por filmes posteriores, é aquela em que George é perseguido por um avião próximo à uma lavoura.
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Intriga Internacional envelheceu bem e tem uma trama ainda bastante interessante, executada de maneira elegante por Hitchcock. A saga do herói comum que se alça ao desconhecido é sempre bastante atraente. As atuações são bastante boas e destaco o papel de Jessie Royce Landis como a sarcástica mãe do protagonista. O desfecho funciona de maneira engenhosa e casa com o restante da trama. Um clássico, deveras.