Publicado originalmente em 3 de novembro como parte da cobertura da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. É difícil traduzir em palavras a sensação de assistir a esse filme, mas assim que acabou a sessão eu peguei o lápis, desenhei um coração no caderninho que levo para anotações e fechei-o. Certas coisas da subjetividade são difíceis de captar e materializar em palavras. A história é centrada em torno da vida de duas mulheres, Margarida (Valdinéia Soriano), uma ex-professora que se tornou reclusa após a morte de seu filho; e Violeta (Aline Brunne), uma jovem cheia de vida que vende coxinhas
Missão: Impossível- Efeito Fallout (Missão: Impossível- Fallout, 2018)
É comum se dizer que Tom Cruise é um dos últimos astros à moda antiga: carrega consigo sua persona dentro e fora das telonas e ainda é capaz de atrair bilheteria apenas com seu nome. Apesar das notícias relacionadas à sua religião, a cientologia, como o afastamento de sua filha mais nova, Suri, seu sucesso não se abala. E com Missão: Impossível- Efeito Fallout, sexto filme da franquia que chega a vinte e dois anos de idade, mostra que continua carregando Ethan Hunt, seu protagonista, com carisma, mostrando porque os filmes de ação são onipresentes em sua carreira nos últimos anos.
Sobre comunicação acessível e linguagem inclusiva
Esse é um texto que já vinha pensando em fazer há algum tempo. Sei que talvez esse blog não seja o espaço ideal para isso, mas como é o que tenho, vou utilizá-lo. Aviso que não é minha intenção de fazer um tratado acadêmico: elaboro essas reflexões a partir de minhas próprias experiências. [Quem acompanha esse blog por causa dos textos sobre cinema pode não saber, mas sou pesquisadora de gênero, diversidade e corpo]. A questão da linguagem inclusiva é um problema que tem sido colocado de forma bastante marcada nos últimos anos. Percebo que a discussão saiu da esfera
Sense8: o final
[Esse texto foi originalmente postado na newsletter quinzenal enviada para madrinhas e padrinhos do Feito por Elas, em 10/06/2018, na sessão de recomendações do que assistir na Netflix]. Nem comecei a escrever e já estou com vergonha (não-alheia, própria mesmo). Acabei de ver o episódio final de Sense8, seriado criado pelas irmãs Wachowski e que será a indicação da Netflix dessa quinzena. E com “acabei” quero dizer acabei mesmo, só saí da frente da TV e peguei o computador. Ainda tem lágrimas correndo no meu rosto. Costumo me apegar demais a seriados quando me envolvo com os personagens. Lembro o tanto
As Boas Maneiras (2017)
Publicado originalmente em 3 de novembro como parte da cobertura da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Juliana Rojas e Marco Dutra já há muito mostram que em se tratando de cinema de gênero, eles sabem o que estão fazendo. Os curtas já eram um indício, mas o longa Trabalhar Cansa foi a confirmação, bem como os trabalhos solo em Sinfonia da Metrópole e Quando Eu Era Vivo. Sempre mesclando o terror com outros gêneros, aqui trazem uma fábula sobre trabalho, cidade, relacionamentos e, claro, maternidade: temas que já haviam sido trabalhados em filmes anteriores. Ana (Marjorie Estiano) é
Filmes assistidos em Abril
Foi-se um terço do ano. Assustador, não é? Esse mês trabalhei pesado em um artigo, comecei uma disciplina, adiantei uns filmes para gravações futuras e fui a pouquíssimas cabines. Vida que segue, abaixo estão os filmes assistidos durante o mês com links para as postagens e notas subjetivas. Helena Ignez A Miss e o Dinossauro (2005) ★★★★ Canção de Baal (2007) ★★★ O Bandido da Luz Vermelha (1968) ★★★½ Luz nas Trevas: A Volta do Bandido da Luz Vermelha (2010) ★★★½ Feio, Eu? (2013) ★★½ Ralé (2016) ★★★½ A Garota do Calendário (2017) ★★★½ Liv Ullmann para Feito por Elas Encontros Privados (Enskilda samtal, 1996) ★★½ Infiel
Janelas: Mal do Século
Depois de um tempo sem usar, resolvi voltar ao “Janelas”, espaço criado para quando não vou escrever detalhadamente sobre um filme, mas quero destacar apenas alguns aspectos visuais. O escolhido para esse retorno foi Mal do Século (Safe, 1995), dirigido por Todd Haynes. A alienação de Carol, a personagem interpretada por Julianne Moore é destacada pelos espaços vazios em torno dela e pela distância mantida em relação aos outros personagens.