Filmes Assistidos em Julho

Nesse mês planejei assistir a alguns filmes japoneses que, vergonhosamente, ainda não havia visto. Acabou que vi menos deles do que esperava, mas ainda assim foi proveitoso. Foi um mês bastante atarefado, uma vez que passei pela qualificação no mestrado. No mais, assisti a alguns filmes nacionais para poder votar no Carlão (prêmio do cinema nacional da Liga dos Blogues Cinematográficos) de maneira mais segura e a Netflix continuou rendendo bastante. Como sempre, a avaliação dos filmes é meramente ilustrativa, refletindo apenas o momento atual. As notas são de zero a cinco estrelas. Seguem os filmes vistos:   Cinema Japonês:

Figurino: Quanto Mais Quente Melhor

Texto originalmente publicado na coluna Vestindo o Filme. Bem, ninguém é perfeito! Lançada em 1959 e dirigida por Billy Wilder, Quanto Mais Quente Melhor é considerada uma das melhores comédias de todos os tempos. A trama é bastante simples: na Chicago de 1929, Jerry (Jack Lemmon) e Joe (Tony Curtis), dois músicos com problemas financeiros, testemunham uma matança perpetrada pela máfia. Para fugir da queima de arquivo que viria a seguir, adotam os nomes “Daphne” e “Josephine” e juntam-se a uma banda composta só por mulheres. Lá eles conhecem a encantadora cantora Sugar (Marylin Monroe) e o grupo segue para uma

Segunda Chance ( En Chance Til, 2014)

Depois de Serena, mais uma experiência mal sucedida no mercado americano, a diretora dinamarquesa Susanne Bier voltou à sua terra natal para outro filme. Nele, Nikolaj Coster-Waldau interpreta Andreas, um policial que acabou de ter seu primeiro filho, juntamente com sua esposa Anna (Maria Bonnevie). Em uma batida ele é confrontado com um casal de usuários de drogas, Tristan (Nikolaj Lie Kaas) e Sanne (May Andersen), com quem também encontra um bebê em estado de total descaso, coberto de fezes. O contraponto entre as duas realidade é bastante claro: Enquanto a casa espaçosa de Andreas é Anna é rodeada de verde e com

Serena (2014)

https://www.youtube.com/watch?v=FPVK2hzFahw Uma diretora com um filme indicado e um premiado com o Oscar de melhor filme estrangeiro. Uma atriz e um ator que, nos últimos anos, sempre são lembrados nas grandes premiações. Um drama de época em uma linda paisagem bucólica. O que poderia dar errado em SERENA? Aparentemente, tudo. A trama: em 1929, em pleno período de depressão nos Estados Unidos, Pemberton (Bradley Cooper) é um empreendedor, que tenta avançar a ferrovia para o interior da Carolina do Norte e assim expandir seus negócios madeireiros. Em uma viagem para a cidade conhece Serena (Jennifer Lawrence), uma jovem de grande

Dois Anos de “Vestindo o Filme”

Mais ano ano passou voando e a coluna Vestindo o Filme, que escrevo para o Cinema em Cena, completa seu segundo aniversário hoje, dia 8 de julho de 2015. Ao longo desse segundo ano, foram dezoito textos escritos, contendo análises de trinta e dois filmes (contra vinte e cinco textos e quarenta e um filmes durante o primeiro ano). Houve uma diminuição no ritmo motivada pelo meu mestrado, mas vou continuar escrevendo conforme a possibilidade. Para comemorar, vou novamente escolher os dez textos que mais gostei de escrever. Como no ano passado, não são necessariamente aqueles que tiveram os melhores

Figurino: Anna Karenina

Texto originalmente publicado na coluna Vestindo o Filme. Todas as famílias felizes são iguais. As infelizes o são cada uma à sua maneira (Leon Tolstoi- Ana Karenina, parte 1, capítulo I) Um clássico da literatura russa, o romance realista Ana Karenina, de Leon Tolstoi, já recebeu uma variedade de adaptações diferentes no cinema. A mais recente, de 2012, é dirigida por Joe Wright e tem Keira Knightley no papel principal. O livro conta com dois personagens principais que se contrapõem e se equilibram. De um lado temos Ana Arkadyevna Karenina, uma mulher urbana, casada com Alexei Karenin e apaixonada pelo

Livro: Imagem-Violência

O cinema dos anos 90 é o da crueldade irônica Jean-Claude Bernardet O livro Imagem-Violência: etnografia de um cinema provocador é fruto da dissertação defendida pela antropóloga Rose Satiko Gitirana Hikiji em 1999. Após uma introdução escrita por Massimo Canevacci (autor do livro Sincrétika, que listei entre os melhores que li ano passado), a autora apresenta o contexto de seu trabalho, que foi a primeira pesquisa em antropologia visual defendida na Universidade de São Paulo. Nesse contexto, a área estava começando a se estabelecer e a USP contava e ainda conta com um Grupo de Antropologia Visual e um Laboratório de