Estante da Sala

X-Men: Apocalipse (X-Men: Apocalypse, 2016)

Em meio a uma enxurrada de filmes de heróis que chegam aos cinemas todo verão americano, os da franquia X-Men costumam se destacar por trazerem ao gênero subtextos que o tornam mais interessante. Com tramas que remetem à luta pelos direitos civis, temos papéis que não são necessariamente de heróis e vilões, mas sim de pessoas com abordagens diferentes para um mesmo problema: a discriminação contra os mutantes. Dessa forma, Xavier (James McAvoy) seria o representante da vertente pacifista por vias legais e Magneto (Michael Fassbender) da luta armada, e Mística (Jennifer Lawrence) divide-se entre as duas possibilidades e o afeto que

O Regresso (The Revenant, 2015)

O Regresso, dirigido por Alejandro González Iñárritu, é baseado na história real de Hugh Glass (interpretado no filme por Leonardo DiCaprio), guia em uma expedição que estava em busca de peles de animais nos Estados Unidos em 1823. Liderados pelo capitão Andrew Henry (Domhnall Gleeson), a equipe ainda conta com Fitzgerald (Tom Hardy), que tem clara antipatia por Glass desde o início; e Bridger (Will Poulter), um rapaz mais novo e inseguro; entre outros homens. Após ser atacado por um urso e ficar gravemente ferido, Glass é deixado sob os cuidados de Fitzgerald e Bridger, que o abandonam para que morra.

Personagens Femininas e Seus Figurinos em Filmes de Ação

Texto originalmente publicado na coluna Vestindo o Filme. Esse espaço sempre foi utilizado para discutir figurinos no cinema, oras partindo para interpretações subjetivos, oras pensando em termos de contexto histórico ou social. Invariavelmente escapam análises que vão para além do figurino e se estendem para a direção de arte como um todo, mas também para temas relacionados à representação, especialmente em se tratando de gênero. Dessa vez a proposta desse texto vai ser um pouco diferente: ao invés de focar em um filme, vou levantar alguns pontos a respeito dos figurinos utilizados por personagens femininas em filmes que envolvem ação e aventura, especialmente

Figurino: Herói

Texto originalmente publicado na coluna Vestindo o Filme.  Wuxia é um gênero da ficção chinesa que engloba histórias de cavaleiros ou heróis praticantes de artes marciais em um período passado. No cinema, era conhecido por filmes com baixo custo de produção, até que O Tigre e o Dragão chegou ao mercado ocidental, em 2000, abrindo as portas para filmes posteriores. Herói, de 2002, foi lançado no Brasil apenas em 2005 e é outro exemplo do gênero. A direção é de Yimou Zhang e a trama faz uso do Efeito Rashomon, que, conforme comentado no Podcast Cinema em Cena #139: Grandes Filmes:

Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros (Jurassic World, 2015)

https://www.youtube.com/watch?v=LfYS9bNs0Eg Em 1993 uma geração de crianças foi marcada pelo clássico absoluto Parque dos Dinossauros, dirigido por Steven Spielberg, adaptado do ótimo livro homônimo de Michael Crichton. Após isso, vieram duas sequências que não fizeram jus ao original e o descanso para a franquia. Agora, passados alguns anos, o universo dos dinos está de volta em Jurassic World, dirigido por Colin Trevorrow. A trama começa com um menino, Gray (Ty Simpkins) e seu irmão adolescente, Zach (Nick Robinson) se despedindo dos pais para passar alguns dias no parque temático, onde sua tia Claire (Bryce Dallas Howard) trabalha. O parque está em funcionamento há duas

Melhores Filmes de 2014

Essa lista deu trabalho. Comecei com a ideia de mencionar 10 filmes, mas não consegui fechar neles. Ampliei para 15 e ainda senti culpa por alguns filmes terem ficado de fora. Foi, então, para 20, afinal, como escrevi na de melhores descobertas do ano, a lista é minha. Ainda fico em dúvida se os últimos listados são os melhores mesmo, já que posições ficaram mudando o tempo todo enquanto tentava elaborá-la. Outros filmes que gostei e alguns guilty pleasures ficaram de fora. Por esse motivo não estou colocando-os de forma ranqueada. Apesar disso considero as cinco primeiras colocações fixas; apenas as

Interestelar (Interstellar, 2014)

Interestelar, dirigido pelo queridinho do público Christopher Nolan, é um filme que se beneficia muito da sala de cinema. A experiência de assistir em uma boa sala torna a obra grandiosa, mas ao sair, há pouco conteúdo para sustentá-la na memória. Passada uma semana da data em que o vi, já tenho a clara percepção do quão pouco memorável ele é. Talvez seu maior problema foi ter pretendido, justamente, ser uma obra grandiosa. O drama de Cooper (Matthew McConaughey), ex-piloto da NASA que mora em um futuro desolado, onde a Terra precisa de fazendeiros e não engenheiros, mostra-se superficial. Ele abandona