Estante da Sala

Mulher Maravilha (Wonder Woman, 2017)

É difícil manter a objetividade quando se escreve uma crítica como essa, porque são inúmeros fatores além do filme exibido que se somam à sua avaliação. A começar pelo próprio fato de ser o primeiro filme de super heroína em doze anos, desde o desastre que foi Elektra (2005). Acontece que quando um filme é protagonizado por mulher, ele precisa valer por todos. Se não for bom o suficiente, ele invalida por anos qualquer projeto que possa ser tematicamente relacionado. Além disso, mesmo quando faz sucesso, geralmente existe isoladamente, não criando uma tendência de filmes similares. Lembro de ter lido

Eurocentrismo e questões morais na obra de Susanne Bier

Assistidos para o curso Scandinavian Film and Television, disponível em Coursera.org. Após ver três dos filmes escandinavos de Susanne Bier, não posso deixar de considerá-los uma trilogia e analisá-los como tal. Todos tem história criada por ela e roteirizada por Anders Thomas Jensen. Todos possuem protagonistas que são homens brancos europeus que em algum momento estão deslocados de seu local de origem, lidando com os horrores do desconhecido. Em Brothers (Brødre/2004), é um soldado no Afeganistão; em Depois do Casamento (Efter brylluppet/ 2008) é um professor de crianças órfâs na Índia; e Em um Mundo Melhor (Hævnen/ 2010), um médico na África. O outro