Texto originalmente publicado na coluna Vestindo o Filme em 20/11/2013. Chegou às telonas Jogos Vorazes: Em Chamas, segundo filme adaptado da série de livros distópico-futuristas de Suzanne Collins. Entre o primeiro e este, muitas mudanças ocorreram: o orçamento quase dobrou, de 78 para 140 milhões de dólares (o que transparece no resultado final); trocou-se o diretor (de Gary Ross para Francis Lawrence) e com ele parte da equipe técnica, incluindo a figurinista, que era Judianna Makovsky (de A Princesinha) e passou a ser Trish Summerville, nome em ascensão após Millenium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres. Summerville possui um método de
Tag: figurino
Links
Para quem tem interesse por figurinos, compartilho dois links interessantes. O primeiro é o Costume Cafe Podcast, um podcast em que figurinistas e pessoas relacionadas a área são entrevistadas por Colleen Monroe, também figurinista. O áudio é em inglês. O segundo é o Recycled Movie Costumes, tumblr que reúne fotos de figurinos, majoritariamente de época, que são reutilizados em diversas produções. Boas leituras!
Figurino: A Princesinha: cores quentes para uma Índia idílica
Texto originalmente publicado na coluna Vestindo o Filme em 06/08/2013. Conforme já falado no texto sobre O Grande Gatsby, figurinos de filmes que retratam determinados períodos não necessariamente precisam ser fiéis às modas da época retratada, mas devem, sim, atender às necessidades do diretor, criando uma experiência visual de acordo com a estética almejada na película. Lançado em 1995, com roteiro adaptado do livro de Frances Hodgson Burnett, A Princesinha, primeiro filme em língua inglesa do diretor mexicano Alfonso Cuáron, é um belo exemplo de como isso funciona. Cuarón claramente divide sua história em duas cores: o amarelo da Índia idílica e o
Figurino: Uma Rua Chamada Pecado – Desejo e Destruição
Texto originalmente publicado na coluna Vestindo a Cena em 11/09/2013. Seja lá quem você for, eu sempre dependi da gentileza de estranhos. Uma Rua Chamada Pecado (A Streetcar Named Desire/), de 1951, é um clássico adaptado diretamente da peça Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams. Ambos, o diretor Elia Kazan e a figurinista Lucinda Ballard já haviam trabalhado na versão encenada na Broadway entre 1947 e 1949. A influência dessa última é facilmente perceptível na forma como a narrativa se desenrola, seja pelos cenários restritos, que poderiam ser facilmente recriados em um palco, seja pelas trocas dos figurinos, que são poucos, mas
Figurino: O Espião que Sabia Demais- Homens Sisudos e Guerra Fria
Texto originalmente publicado na coluna Vestindo a Cena em 28/08/2013. É muito comum ouvirmos comentários elogiosos a figurinos de filmes de época recheados com grandes e belos vestidos e filmes de fantasia que extrapolem os limites da nossa imaginação. Mesmo as grandes premiações, com exceções das específicas da área, geralmente tem entre seus indicados apenas filmes que se enquadram nesses dois grupos. Figurinos masculinos ou figurinos contemporâneos raramente despertam o mesmo tipo de comoção. Trabalhá-los significa se entregar a sutilezas que podem passar despercebidas por grande parte do público. Um belo exemplo é O Espião que Sabia Demais (Tinker Taylor Soldier Spy),
Figurino: Oz, Mágico e Poderoso
Originalmente publicado em 23/07/2013 no Cinema em Cena. Aviso: Esse texto contém revelações de detalhes da trama do filme Dirigido por Sam Raimi, Oz: Mágico e Poderoso (Oz- The Great and Poweful/ 2013) funciona como um prólogo ao clássico O Mágico de Oz, de 1939. Explorando livremente o universo criado pelo autor L. Frank Braum, o filme conta como o mágico Oscar (James Franco) chegou à Cidade das Esmeralda, capital do reino de Oz, bem como os acontecimentos posteriores à sua chegada. O figurino, criado por Gary Jones em parceria com o ilustrador Michael Kutsche (responsável pelas ilustrações desse texto),
Figurino: O Grande Gatsby – cores e ruídos na década de 20 estilizada de Luhrmann
Texto originalmente publicado na coluna Vestindo o filme em 08/07/2013. E assim nós prosseguimos, barcos contra a corrente, empurrados incessantemente de volta ao passado. (F. Scott Fitsgerald – O Grande Gatsby, capítulo 9) Quando falamos em um figurino de época temos que ter em mente duas coisas: ele não se presta a recriação literal e acurada de um período e sim à composição de determinada ambientação servindo aos propósitos da direção e do design de produção como um todo; apesar disso alguns elementos que remetam ao período retratado devem se fazer presentes, especialmente quando se trata do século XX, em que