Estante da Sala

Azul é a Cor Mais Quente (La vie d’Adèle – Chapitres 1 et 2/ 2013)

Assistido em 17/01/2014 [youtube=https://www.youtube.com/watch?v=3qxWpl-_PQo] Muita polêmica envolveu o filme Azul é a Cor Mais Quente, baseado nos quadrinhos de Julie Maroh (que não li) e vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2013. Como todos os filmes fora do circuito-comercial-blockbuster, ele não havia passado nos cinemas em Manaus na época de sua estreia nacional. Mas para minha grande surpresa, entrou em cartaz na última sexta feira, dia 17/01, em uma sessão, conforme relatado por Natasha. O diretor Abdellatif Kechiche foi acusado pelas atrizes de manter comportamento inadequado, deixando-as sob pressão. Seus métodos são bastante questionáveis. A trama conta a história de

Os Melhores Livros de 2013

Essa lista não se propõe a discutir os melhores livros lançados em 2013, mas sim aqueles que eu tive o prazer de ler ao longo do ano. Para ler minha opinião completa sobre eles, é só clicar nos links. FICÇÃO Aqui há um empate técnico. O primeiro que devo citar é A Cor Púrpura, escrito por Alice Walker. A trama, que conta a história de Celie, uma jovem negra e pobre que tem todas as dificuldades possíveis na vida, é, ao mesmo tempo de uma impressionante força e extrema delicadeza. Steven Spielberg dirigiu uma adaptação da obra para o cinema,

Meninos Não Choram (Boys Don’t Cry/1999)

Assistido em 10/12/2013 [youtube=https://www.youtube.com/watch?v=aOarssJWHhI] Meninos Não Choram é um filme de difícil digestão. Assisti-o com mais de uma década de atraso e sem saber que se tratava de uma história real, o que foi um choque para mim quando rolaram os créditos finais. Na trama, Brandon Teena (Hilary Swank) tenta lidar com o fato de que seus documentos o registram como Teena Brandon: trata-se de um homem trans. A história já começa com ele cortando o cabelo bem curto, como um rito de passagem, um sinal de transformação. Tudo se passa em um interior dos Estados Unidos deprimente, decadente e sem

A Datilógrafa (Populaire/ 2012)

Assistido em 30/11/2012 America for business, France for love. [youtube=https://www.youtube.com/watch?v=q4Bq14xz2AA] Dirigido por Régis Roinsard, A Datilógrafa é um verdadeiro deleite para os olhos. Com cores e tomadas bonitas, tudo no filme remete à estética do período retratado, 1958. Os créditos de abertura são de uma beleza impressionantes, lembrando o trabalho de Saul Bass e outros grandes artistas da época. A história abre com um travelling que se aproxima da vitrine de uma lojinha onde repousa uma máquina de escrever com a marca “Triumph”. Literalmente o triunfo da protagonista vem da máquina. Rose Pamphyle (Déborah François) sonha em sair de sua cidade e durante

Figurino: Uma Rua Chamada Pecado – Desejo e Destruição

Texto originalmente publicado na coluna Vestindo a Cena em 11/09/2013. Seja lá quem você for, eu sempre dependi da gentileza de estranhos. Uma Rua Chamada Pecado (A Streetcar Named Desire/), de 1951, é um clássico adaptado diretamente da peça Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams. Ambos, o diretor Elia Kazan e a figurinista Lucinda Ballard já haviam trabalhado na versão encenada na Broadway entre 1947 e 1949. A influência dessa última é facilmente perceptível na forma como a narrativa se desenrola, seja pelos cenários restritos, que poderiam ser facilmente recriados em um palco, seja pelas trocas dos figurinos, que são poucos, mas

Uma Rua Chamada Pecado (A Streetcar Named Desire/ 1951)

Assistido em 08/09/2013 [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=u9YgJjSCT08] Esse filme é adaptado da intensa peça teatral Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams, que ficou em cartaz na Broadway entre 1947 e 1949. Foi dirigida por Elia Kazan, que viria a dirigir essa versão Hollywoodiana. Já em Londres a direção ficou por conta de Lawrence Olivier, cuja esposa, Vivian Leigh, interpretava a protagonista Blanche. A própria Vivian Leigh acabou obtendo o papel na adaptação cinematográfica. Blanche é uma moça solteira, professora, que perdeu as terras de seus pais e se muda para a casa de sua irmã Stella (Kim Hunter) em busca de apoio,

Tudo Sobre Minha Mãe (Todo Sobre mi Madre)

Assistido em 02/09/2013 Mergulhado nas cores de Almodóvar, Tudo Sobre Minha Mãe é um filme que exala intensidade. A estética por si só já é intensa: cenários coloridos e vibrantes e suas mulheres de vermelho. O filme aborda suas trajetórias e essas também são provocativas. A protagonista é Manuela (Cecilia Roth), uma mãe solteira com ótima relação com o filho, apaixonado pela escrita. Na noite do aniversário dele, vão assistir à encenação da peça Um Bonde Chamado Desejo, estrelada pela grande atriz Huma Rojo (Marisa Paredes). Huma não está interessada em receber fãs, em uma clara referência à personagem Margot