Também conhecido como “os filmes que eu mais gostei de ver”, portanto algo bastante pessoal. Novamente não fiz repescagem em dezembro, porque estou cansada e não quis correr atrás do que deixei pelo caminho. Esse ano foi recheado de trabalho, incluindo dois júris (no Festival Internacional do Mulheres no Cinema e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo), alguns debates, eventos acadêmicos, docência e minha admissão na ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Sobre essa retrospectiva, devo avisar que não tomei grande cuidado ao ordenar os filmes e depois do décimo quinto já não obedecem mais ordem alguma
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A Forma da Água (The Shape of Water, 2017)
Contos de fadas são um gênero literário bastante particular e devem ser entendidos e avaliados como tal. Eles não são realistas, não devem explicações ao público (como a ficção científica), nem precisam ter uma moral da história (como uma fábula). E A Forma da Água, dirigido por Guillermo del Toro, com roteiro dele em parceria com Vanessa Taylor, é um conto de fadas, que, conforme o narrador, conta a história de uma princesa sem voz, Elisa (Sally Hawkins). Elisa sonha que que está flutuando embaixo da água e trata com verdadeira arte sua rotina matinal, que inclui cozinhar ovos, preparar
Figurino: A Colina Escarlate
Texto originalmente publicado na coluna Vestindo o Filme. Fantasmas são reais, isso eu sei. Eu os vi toda a minha vida … Em cartaz nos cinemas, A Colina Escarlate é um romance gótico que se disfarça de história de terror. A protagonista, uma escritora chamada Edith Cushing (Mia Wasikowska), fala sobre suas obras algo que também se estende ao filme: são histórias com fantasmas, não histórias de fantasmas, pois eles representam o passado. O diretor Guillermo del Toro confeccionou a trama entremeada de elementos visualmente marcantes. A figurinista é Kate Hawley, que já havia trabalhado com ele em seu filme anterior,
Círculo de Fogo (Pacific Rim/2013)
Assistido em 01/09/2013 [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=r_a6lc0VUgo] Nunca duvide de Guillermo del Toro: é isso que se aprende com esse filme. O diretor, conhecido por filmes com design de produção de qualidade e maquiagens e bonecos perfeitos, aqui encontra seu caminho na criação de monstros completamente feitos em CGI e não decepciona. A trama do filme é tão banal que praticamente nem importa: de uma fenda no Oceano Pacífico saem monstros gigantes (Kaiju) que atacam cidades no mundo todo. Para defender-se, a humanidade construiu grandes robôs (chamados de Jaeger), controlados por dois pilotos em seu interior. Os robôs já não dão mais conta