Estante da Sala

Hollywood: quando a história não é o suficiente

Que Ryan Murphy é um showrunner divisivo todos que acompanham televisão sabem. Emplacando sucesso atrás de sucesso, muitas vezes se aponta a falta de sutileza de seus roteiros. Para mim, geralmente ele acerta, com as devidas ressalvas, se tomarmos como referência justamente seus aspectos novelescos e pendor para o kitsch. Gosto do começo de Glee, da primeira temporada de American Crime Story (a única que vi) e de Pose (levando em conta o excesso de glamourização). Por fim, apesar de algumas ficcionalizações problemáticas, realmente acho Feud: Bette & Joan uma série ótima, que me entrega algo que eu (e provavelmente

Tudo o Que o Céu Permite (All That Heaven Allows/ 1955)

Assistido em 05/03/2013 (Obs: para o curso The Language of Hollywood: Storytelling, Sound, and Color; da Wesleyan University, disponível em coursera.org) Em meados dos anos 50 o Technicolor estava perdendo o monopólio na produção de filmes coloridos e consequentemente o custo estava diminuindo. Com isso os estúdios começaram também a produzir em cores filmes que não feitos para se tornarem blockbuster. Muitos dramas domésticos voltados para o público feminino foram filmados. É o caso de Tudo que o Céu Permite. Trata-se de um belo filme, sobre uma viúva cujas filhos já estão na universidade e que se apaixona pelo responsável pelas