Estante da Sala

A Pele de Vênus (La Vénus à la Fourrure, 2013)

Um cenário, dois atores e não muito mais que isso. Quase aos oitenta anos de idade Roman Polanski dirige um filme que é pequeno, mas não por isso pouco complexo ou interessante. A Pele de Vênus possui diversas camadas. Em 1870 Leopold Ritter von Sacher-Masoch publicou seu livro A Vênus das Peles, polêmico romance envolvendo os personagens Severin e Wanda, que deu origem ao termo masoquismo. Em 2010 o livro foi levado para um peça off-Broadway, com roteiro de David Ives. Mas não era uma adaptação comum: era a história de um diretor de teatro que pretendia encenar uma adaptação do livro. O sucesso foi tanto que ela foi transferida para

Figurino: O Bebê de Rosemary

Texto originalmente publicado na coluna Vestindo o Filme em 18/12/2013. Dirigido por Roman Polanski, O Bebê de Rosemary é um grande clássico do terror, que trabalha com nossas percepções do entorno dos personagens para criar o suspense adequado. O filme é de 1968 e se passa entre 1965 e 1966. A figurinista Anthea Sylbert captou perfeitamente o que acontecia no momento, bem como os subtextos religiosos, para compor a protagonista. Como mencionado no meu texto sobre New Look, em meados da década de 1960 o New Look, caracterizado por cintura marcada e saia rodada, saiu de moda e foi substituído por uma

O Bebê de Rosemary (Rosemary’s Baby/ 1968)

Assistido em 19/10/2013 [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=MUw6HBQ8DC0] Um clássico do gênero “terror”, O Bebê de Rosemary é (extremamente bem) dirigido por Roman Polanski. A trama gira em torno da dona de casa Rosemary (Mia Farrow), que acabou de se mudar com o marido, Guy (John Cassavetes) para um enorme apartamento que pertencia a uma velhinha, onde pretendem ter um filho. Logo eles ficam amigos dos excessivamente simpáticos vizinhos do lado, o casal Minnie (Ruth Gordon) e Roman (Sidney Blackmer). Eles passam a frequentar a casa uns dos outros e estreitar relações, mas Rosemary não gosta do seu modo invasivo. Certa noite, após um