Texto originalmente publicado na coluna Vestindo o Filme em 23/04/2014. Mantendo fidelidade à temática de sua obra, Darren Aronofsky (Cisne Negro) mais uma vez dirigiu um filme sobre obsessão: Noé. Polêmico, talvez o maior problema do filme tenha sido a falta de compreensão da sua natureza: muitos esperavam uma adaptação literal da história bíblica, quando na verdade trata-se de uma baseada em uma graphic novel desenvolvida pelo próprio Aronofsky, reimaginando o mito. Se levarmos em conta a interpretação literal da Bíblia, teríamos que considerar que a criação ocorreu entre 6 mil e 10 mil anos atrás. Levando-se em conta a idade
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Noé (Noah, 2014)
O antropólogo alemão Franz Boas afirmou que o mito tem origem histórica e se baseia no cotidiano do próprio povo que o criou. Por outro lado, defendeu que ele pode se espalhar através de difusão para outros povos que tenham proximidade geográfica. Ainda assim, seria possível encontrar relatos similares entre povos sem contatos anteriores, mesmo que sem uma causa primária semelhante ou uma significação semelhante. Grande parte dos povos da antiguidade buscavam se fixar nas proximidades de rios, porque facilitava a obtenção de água e alimento. Assim, eventualmente, uma cheia periódica poderia ser maior do que as normais, levando a busca
Os Miseráveis (Les Misérables/ 2012)
Assistido em 06/02/2013 Nunca li Os Miseráveis. Tentei em algum momento, lá pelos meus 12 anos mas desisti. O único nome gravei na época foi de Jean Valjean, um homem que roubou um pão porque o filho de sua irmã tinha fome naquela miserável Paris do início do século XIX. O que conheci da história posteriormente veio do filme de 1998, dirigido por Bille August e estrelado por Liam Neeson, Geoffrey Rush e Uma Thurman. No caso desse filme de 2012, dirigido por Tom Hooper, a adaptação não é feita diretamente do livro, e sim do musical homônimo. E eu