Estante da Sala

O Duque de Burgundy (The Duke of Burgundy, 2015)

O Duque de Burgundy nos revela que em se tratando de relações humanas, o que vemos sempre pode nos enganar. Cynthia (Sidse Babett Knudsen) é uma entomologista que se dedica ao estudo de borboletas e mariposas. Evelyn (Chiara D’Anna) chega a sua casa e recebe a ordem de limpar a sala de estudos, o chão e até lavar as suas calcinhas. O que vemos parece ser uma relação abusiva entre patroa e empregada. Até que nos é revelado que Evelyn e Cynthia moram juntas e esse role playing  faz parte de seu cotidiano enquanto casal, repetindo-se dia após dia com

Eurocentrismo e questões morais na obra de Susanne Bier

Assistidos para o curso Scandinavian Film and Television, disponível em Coursera.org. Após ver três dos filmes escandinavos de Susanne Bier, não posso deixar de considerá-los uma trilogia e analisá-los como tal. Todos tem história criada por ela e roteirizada por Anders Thomas Jensen. Todos possuem protagonistas que são homens brancos europeus que em algum momento estão deslocados de seu local de origem, lidando com os horrores do desconhecido. Em Brothers (Brødre/2004), é um soldado no Afeganistão; em Depois do Casamento (Efter brylluppet/ 2008) é um professor de crianças órfâs na Índia; e Em um Mundo Melhor (Hævnen/ 2010), um médico na África. O outro