Assistido em: 06/01/2013
Falar quase qualquer coisa sobre esse filme do Almodóvar é spoiler. O que posso dizer sem entregar demais é Antonio Banderas interpreta Robert Ledgard, um cirurgião plástico que desenvolveu uma pele artificial mais resistente que a humana e a está testando em Vera Cruz, uma moça muito parecida com sua esposa que faleceu em virtude de queimaduras. O filme fala de obsessão em um nível “Um corpo que cai”. A casa onde a maior parte da história se passa é fria, quase estéril, com decoração moderna e muita tecnologia. O contraste vem de um quadro de Ticiano que retrata um nu pendurado logo acima da escada. O tempo todo vemos a preocupação estética de Robert aflorando, como quando em determinada cena ele se preocupa mais com a roupa que sua filha está vestindo do que com sua saúde psicológica ou quando ele retorce delicadamente um arame para moldar um bonsai. Questões como gênero, aceitação, construção de imagem, identidade e beleza também são fundamentais na história. Falar mais que isso pode estragar o efeito da história, mas recomendo muito! Pode parecer que não é interessante, por esse curto comentário, mas é e muito! O filme desperta muitas emoções e estranhamentos ao longo de sua duração.
Obs: Contém cenas que podem ser bastante perturbadoras.
1 thought on “A Pele Que Habito (La Piel Que Habito/ 2011)”