Estante da Sala

[43ª Mostra de São Paulo] Mr. Jones (2019)

Esta crítica faz parte da cobertura da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 17 e 30 de outubro na cidade. Agnieszka Holland, cineasta polonesa cujo pai era judeu, tem uma filmografia que reiteradamente se volta à II Guerra Mundial como seu objeto, de Colheita Amarga (Bittere Ernte, 1985), passando por Filhos da Guerra (Europa, Europa, 1990) até Na Escuridão (In Darkness, 2011). Todos esses filmes são debatidos no podcast Feito por Elas #o1 Agnieszka Holland, justamente sobre a diretora. Em Mr. Jones, com o roteiro de Andrea Chalupa, a diretora retrocede para a época que

[43ª Mostra de São Paulo] Honeyland (2019)

Esta crítica faz parte da cobertura da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 17 e 30 de outubro na cidade. Roteirizado e dirigido por Tamara Kotevska e Ljubomir Stefanov, Honeyland é um documentário que mergulha na rotina de Hatidze, uma mulher que vive isolada em uma aldeia no interior da Macedônia, morando com sua mãe em uma casa de pedra. O filme, vencedor do Grande Prêmio do Júri da seção World Cinema de documentários no Festival de Sundance e o candidato da Macedônia do Norte a uma vaga no prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no

[43ª Mostra de São Paulo] Sugestões de filmes

Estamos entrando na segunda semana de Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Se você não sabe ainda o que assistir, separei alguns filmes dirigidos, roteirizados ou protagonizados por mulheres como sugestão. Confira a lista: Babenco- Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer Parou (2019), dirigido por Barbara Paz Vencedor do prêmio de melhor documentário sobre cinema no Festival de Veneza, trata da vida do cineasta Hector Babenco. Quando será exibido: Sexta-feira, 25/10 CINEARTE 1 19:15 Cães do Espaço (Space Dogs, 2018), dirigido por Elsa Kremser e Levin Peter Documentário que traça um paralelo entre os animais utilizados durante

[43ª Mostra de São Paulo] System Crasher (2019)

Esta crítica faz parte da cobertura da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 17 e 30 de outubro na cidade. Bernadette acha seu nome muito pomposo e por isso atende por “Benni”. Logo na primeira cena a vemos recoberta de hematomas em um exame médico. A garota, que costuma ter um comportamento agressivo, é um problema para os adultos ao seu redor: a mãe não a cria porque tem medo dela, já passou por um sem número de centros de acolhimento e lares coletivos e foi expulsa de tantas escolas que agora nenhuma quer aceitá-la.

[43ª Mostra de São Paulo] Uma Colônia (Une Colonie, 2018)

Esta crítica faz parte da cobertura da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 17 e 30 de outubro na cidade. Vindo na esteira de filmes como Quase Dezoito (Edge of Seventeen, 2016), e Oitava Série (Eight Grade, 2019), Uma Colônia é um filme de coming of age que tem essa proposta de tratar a adolescência com mais proximidade e realismo do que filmes de gerações passadas. A diretora e roteirista Geneviève Dulude-De Celles é a responsável pela obra, cuja protagonista Mylia (Emilie Bierre) é uma garota que ingressou no ensino médio e por isso trocou

[43ª Mostra de São Paulo] Merata: Como Minha Mãe Descolonizou a Tela (Merata: How Mum Decolonised the Screen, 2019)

Esta crítica faz parte da cobertura da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 17 e 30 de outubro na cidade. Merata Mita foi uma mulher fascinante. Além de ativista, vocálica quando se tratava, principalmente, das questões de gênero e dos direitos indígenas, foi a primeira mulher maori a dirigir um longa metragem na Nova Zelândia, década de 1970, isso enquanto criou seus seis filhos. Seu trabalho rompeu as barreiras nacionais e a tornou conhecida em todo o mundo. O documentário que carrega seu nome, Merata: Como Minha Mãe Descolonizou a Tela, foi dirigido por seu

[43ª Mostra de São Paulo] Wasp Network (2019)

Esta crítica faz parte da cobertura da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 17 e 30 de outubro na cidade. Havana, 1990. Um piloto de avião, René Gonzales (Edgar Ramírez) despede-se de sua esposa Olga Salanueva (Penelope Cruz), como todos os dias, corta os contatos da torre de controle e toma um avião com que viaja abaixo da linha dos radares até Miami. Lá chegando, afirma que em Cuba tudo falta: eletricidade, comida, o básico (mas não menciona que isso acontece apenas em virtude do embargo imposto pelos Estados Unidos). Ele é rapidamente abordado pela