Estante da Sala

O Mestre (The Master/ 2012)

Assistido em 16/02/2013
Não sou nenhuma entendida de Paul Thomas Anderson: pelo contrário, antes de ver O Mestre, só havia visto dois filmes dele, Magnólia e Sangue Negro (e sei que preciso ver outros). Por esse panorama eu sei que ele é um diretor muito bom, muito acima da média. Até hoje não sei como Onde os Fracos Não Tem Vez levou o Oscar de Melhor Filme em 2008 contra Sangue Negro, que considero um filme maravilhoso. Mas mesmo ciente de suas qualidades não consigo não achar por essa pequena amostragem de trabalho que ele às vezes é meio inconsistente. O Mestre, por exemplo, me pareceu muito inferior a Sangue Negro. Sei que o filme tem zilhões de subtextos e sei que provavelmente não captei nenhum, mas essa é a sensação que eu tive. A história fala de um homem problemático e alcoólatra, chamado Freddie Quell (interpretado fantasticamente por Joaquim Phoenix) que entra sem ser convidado em um barco onde ocorre uma festa e lá conhece um mestre de uma nova religião, Lancaster Dodd (Philip Seymour Hoffman, ótimo como sempre) e sua esposa Peggy (Amy Adams). Ao mesmo tempo em que aborda os absurdos dessa religião, o filme nunca vilaniza seus criadores, sempre os mostrando como pessoas de boa-fé e que querem ajudar. Apenas alguns membros da família ou da sociedade aparecem no papel de descrentes, fazendo um contraponto. Essa religião foi livremente inspirada na cientologia. Os personagens principais, embora tenham uma interação bastante interessante, parecem não evoluir ao longo do filme. E apesar de todas as cenas bonitas e das interpretações muito boas, passados três dias parece que ele em nada me marcou…

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