41ª Mostra de São Paulo parte 3: candidatos ao Oscar

A Sombra da Árvore (Undir trénu, 2017), de Hafsteinn Gunnar Sigurðsson  Candidato islandês a uma vaga no Oscar do ano que vem, esse filme mistura o drama com o humor de maneira eficiente tendo como fio condutor uma família suburbana. Primeiro conhecemos o filho, Atli (Steinþór Hróar Steinþórsson), que precisa voltar a morar com os pais depois que sua esposa descobre que ele ainda guarda (e se masturba assistindo) filmes pornográficos feitos com uma namo

41ª Mostra de São Paulo parte 2: mais dirigidos por mulheres

Mais uma leva de filmes dirigidos por mulheres conferidos na 41ª Mostra Internacional de São Paulo. Visages, Villages (2017), de Agnès Varda e JR  Agnès Varda é sem dúvida uma figura cativante. Aos 89 anos, dos quais mais de sessenta foram dedicados ao cinema, a diretora vive uma fase de reconhecimento pleno e em breve será homenageada com um Oscar honorário por sua trajetória, fato que ironiza, uma vez que mesmo esse seu filme mais recente foi realizado através de financiamento coletivo, como pode ser conferido logo nos agradecimentos dos créditos de abertura. Mas a incansável senhora de cabelo bicolor

Filmes assistidos em outubro

Toda vez que eu percebo que acabou mais um mês eu levo um susto. E foi-se outubro! Com ele vieram muitos filmes revistos, mas também muitas coisas lindas descobertas na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Essa foi a minha primeira e aos poucos vou postando aqui os texto que produzi. Seguem abaixo os filmes assistidos no mês com suas respectivas notas subjetivas. Não esquece de me seguir no letterboxd! Mostra Internacional de Cinema de São Paulo Happy End (2017) ★★★ Scary Mother (2017) ★★★★ Jericó: O Infinito Vôo dos Dias (Jericó: el infinito vuelo de los días, 2016) ★★★½ Mulheres Divinas (Die göttliche Ordnung,

41ª Mostra de São Paulo parte 1: dirigidos por mulheres

Entre os dias 19 de outubro e 1º de novembro, São Paulo recebeu a 41ª edição da Mostra Internacional de Cinema. Ao todo foram 394 títulos, entre longas, curtas e até mesmo 19 obras de realidade virtual, exibidos em 31 salas diferentes. As obras são variadas e a seleção inclui temáticas contemporâneas como relações de gênero, a questão dos refugiados e os problemas ambientais. Dentre as obras selecionadas, 98 são dirigidas por mulheres, incluindo 21 diretoras brasileiras. A cineasta belga Agnès Varda foi homenageada com o Prêmio Humanidade e recebeu uma retrospectiva com 10 filmes sendo exibidos. O diretor francês

Blade Runner 2049 (2017)

Então Deus lembrou-se de Raquel. Deus ouviu o seu clamor e a tornou fértil. (Gênesis 30:22) Los Angeles, 2049: uma cidade cinza, chuvosa, mas com menos neon do que alguns anos antes. Como o próprio nome indica, Blade Runner 2049 se propõe a ser uma sequência do clássico de 1982, cuja narrativa se passa cerca de três décadas depois. Se aquele era dirigido por Ridley Scott, esse fica nas mãos de Denis Villeneuve. O roteiro, por sua vez, tem autoria dividida entre Hampton Fancher, que também roteirizou o primeiro filme, e Michael Green, responsável pelo argumento de Alien: Covenant. E isso explica

Filmes assistidos em setembro

Fim de mês e sigo tendo pouco tempo pros filmes que não sejam para pauta ou algo relacionado. Além de alguns lançamentos (links nos títulos) esse mês escrevi sobre os museus enquanto espaço de validação artística e o que isso implica (esse texto foi postado muito antes de toda a polêmica atual envolvendo museus e exposições e portante, nem toquei nesse tema). Também concluí meu segundo ano de projeto #52FilmsByWomen e escrevi sobre os resultados dessa experiência. Agora dou por início o terceiro ano. Seguem abaixo os filmes assistidos no mês com suas respectivas notas subjetivas. Não esquece de me

#52FilmsByWomen ano 2: a conclusão

Em 1º de outubro de 2015 eu comecei o desafio #52FilmsByWomen (ou 52 Filmes por Mulheres). Senti que precisava conhecer mais filmes que fugissem de um olhar androcentrado e que existiam muitas mulheres com filmografias incríveis para desbravar. Ontem concluí, portanto, o segundo ano do desafio. No primeiro foram 72 longas assistidos e dessa vez foram 91. Somo assim, 163 longas em dois anos, que sobem para 185 quando levo em conta os curtas, mas esses não estou computando na minha “contagem oficial”. É claro que o aumento no número se deve à continuidade do trabalho no Feito por Elas.