Assistido em 27/12/2013.
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O diretor Ron Howard nunca foi exatamente um diretor ousado. Não é em Rush- No Limite da Emoção que se permite ser. Mas, nos entrega um filme eficaz, bem realizado e bonito. E quando falo “bonito” não não me refiro a uma suposta moral da história ou mensagem ou mesmo a história em si. Trata-se de de uma bela recriação de época, em que todas as roupas parecem saídas da década de 1970 sem ter a aparência de fantasias, além de ter uma fotografia precisa.
A trama aborda a rixa entre os pilotos de Fórmula 1 James Hunt (Chris Hemsworth), inconsequente e impulsivo e Niki Lauda (Daniel Brühl), sério e preciso, durante o período já citado. Pode parecer o velho maniqueísmo de sempre entre a técnica e a paixão, mas ambos os atores encarnam bem seus personagens e, mesmo Lauda sendo o herói da história, não são retratados de maneira maniqueísta: ambos são humanos e fáceis de gostar, cada um ao seu jeito. As cenas de corrida propriamente ditas são muito bem feitas, mas não são o ponto mais importante da história, que é justamente as relações interpessoais. Por isso não é necessário apreciar automobilismo para fazer o mesmo com a película. Muitas partes do roteiro não aconteceram na vida real, mas é natural em uma cinebiografia querer aumentar o fator dramático.
Embora não seja ousado, Ron Howard eventualmente acerta bonito. Rush é sem dúvida uma obra muito bem executada e um pipocão de primeira qualidade.
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