https://www.youtube.com/watch?v=P8Un8SBnjY4 Baseado em uma novela de Dorothy Scarborough e dirigido pelo sueco Victor Sjöström, Vento e Areia conta a história de Letty (Lillian Gish) uma jovem que se muda para uma região afastada e inóspita, para morar com o primo. Devido a problemas com a esposa deste, aceita casar-se com um pretendente local, Lige (Lars Hanson), cuja casa fica a quilômetros de qualquer vizinho. A região, assolada por ventos ininterruptos, parece espelhar a angústia interna da personagem, que se vê só com um desconhecido, em uma situação de vulnerabilidade. O filme impressiona com a forma como compõe uma atmosfera de tensão em
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Figurino: Minha Vida em Cor-de-Rosa
Texto originalmente publicado na coluna Vestindo o Filme em 29/10/2014. Nem só de trajes exuberantes e grandiosos se faz um belo figurino. A qualidade do trabalho está em atender as necessidades narrativas da película, construindo a história juntamente com os demais elementos envolvidos no seu feitio. Minha Vida em Cor-de-Rosa, um singelo filme francês de 1997, possui roupas contemporâneas casuais, mas que compõem de forma bastante precisa o universo retratado. Dirigido por Alain Berliner e com figurino de Karen Muller Serreau, narra a história de Ludovic (Georges Du Fresne), uma criança que acabou de se mudar com sua família para
Êxodo: Deuses e Reis (Exodus: Gods and Kings, 2014)
Eis um filme que não ofende nem encanta. Dirigido por Ridley Scott, é bem produzido, com figurinos bonitos de Janty Yates (e deve ser muito divertido desenhar para esse local e período específicos) e a grandiosidade necessária para um “sandália e espadas” (embora os cenários de CGI às vezes deem a incômoda impressão de artificialidade e nada causa a sensação que a vista aérea de Roma em O Gladiador causou há 14 anos). Christian Bale como Moisés não está mal e Joel Edgerton está muito bem como Ramsés, se desconsiderarmos completamente questões étnicas. Mas, em se tratando de seus personagens, é
O Duplo (The Double, 2013)
https://www.youtube.com/watch?v=BxaqJstf-KE Não é incomum ver filmes sobre pessoas lidando com dificuldades em relação a maneira como são percebidas pelas demais. O Duplo, dirigido por Richard Ayoade, é um exemplo bem realizado disso, trabalhando não uma realidade crível, mas uma espécie de distopia com um protagonista que projeta suas expectativas. Não li a obra de Dostoievsky em que ele foi baseado, mas o tom da adaptação parece ser menos do autor russo e mais kafkiano, com seus absurdos burocráticos. Brazil, de Terry Gilliam também vem a mente diversas vezes pelo mesmo motivo. A trama traz Simon James (Jesse Eisenberg), que trabalha há
Melhores Filmes de 2014
Essa lista deu trabalho. Comecei com a ideia de mencionar 10 filmes, mas não consegui fechar neles. Ampliei para 15 e ainda senti culpa por alguns filmes terem ficado de fora. Foi, então, para 20, afinal, como escrevi na de melhores descobertas do ano, a lista é minha. Ainda fico em dúvida se os últimos listados são os melhores mesmo, já que posições ficaram mudando o tempo todo enquanto tentava elaborá-la. Outros filmes que gostei e alguns guilty pleasures ficaram de fora. Por esse motivo não estou colocando-os de forma ranqueada. Apesar disso considero as cinco primeiras colocações fixas; apenas as
Os 30 Melhores Filmes de 2014 que não são de 2014
Nessa época todos estão preparando suas listas de melhores do ano e como ainda estou descobrindo pérolas e cavocando coisas que ainda não assisti, elaborei a lista das melhores descobertas, ou seja, filmes assistidos pela primeira vez este ano e que não são de 2014. O ano ainda não acabou e até agora foram 284 filmes assistidos, o que tornou a tarefa extremamente difícil. Consegui selecionar trinta dos melhores filmes que vi e muitos incríveis ficaram de fora. No caso de diretores em que mais de um filme entraria na lista ou foi bem avaliado, optei por manter só um e abrir
Figurino: … E o Vento Levou
Texto originalmente publicado na coluna Vestindo o Filme em 03/09/2014. Por que uma garota precisa ser tola para arrumar um marido? …E o Vento Levou é o tipo de clássico atemporal, pleno de qualidade técnica, que passa de geração em geração e permanece uma obra impressionante, seja pela grandiosidade da escala, seja pela força de seus personagens e cenas memoráveis. Três diretores trabalharam durante os três anos de pré-produção e produção: George Cukor, Sam Wood e por fim Victor Flaming, único creditado no lançamento do filme. O figurino foi criado por Walter Plunkett, conhecido também por outros clássicos como King