Estante da Sala

Holy Motors (2012)

Assistido em: 14/01/2012 Deixei passar dois dias antes de escrever sobre esse filme e ainda não sei o que dizer. Estou com ele no meu pensamento desde então. Quando terminei eu falei “não entendi, mas gostei”. Sigo com essa impressão e ao procurar por críticas dele, parece que esse é o espírito da coisa toda. Depois de alguma digestão acho que não apenas “gostei”, mas ameio-o. Por nada e pelo todo. Intrigante e belo, é mais um dos filmes recentes que fazem homenagem (ou não) ao próprio cinema. O próprio diretor, Leos Carax, aparece na cena inicial em quarto de

Se Meu Apartamento Falasse (The Apartment/ 1960)

Assistido em: 12/01/2013 (De onde será que veio a moda de títulos nacionais com “se meu… falasse”?) Reassisti depois de muito pouco tempo (acho que nem 6 meses) essa deliciosa comédia dramática dirigida por Billy Wilder e estrelada por Jack Lemmon e Shirley MacLaine (que está uma gracinha). Lemmon interpreta Baxler, um homem comum, que trabalha em uma agência de seguros com mais de 30 mil funcionários e lida com o problema de ter que emprestar a chave de seu apartamento para seus superiores usarem como ponto de encontro. Ao mesmo tempo ele está apaixonado por uma das ascensoristas do edifício comercial, Fran

Indomável sonhadora (Beasts of the Southern Wild/ 2012)

Assistido em: 11/01/2013 Acho meio difícil falar desse filme. Ele oscila entre a fábula e o realismo e se passa numa região litorânea que seria alagada com o descongelamento das geleiras. A protagonista, uma menina em torno de 6 anos chamada Hushpuppy, é pura doçura e coragem. É interpretada pela adorável Quvenzhané Wallis, que é a mais jovem indicada ao Oscar de melhor atriz, por esse papel. Não sei mais o que falar. Só assistindo, mesmo…

Xingu (2012)

Assistido em: 06/01/2013 Esse filme nacional retrata o contato dos irmão Villas-Bôas com a região do Rio Xingu e sua posterior luta para garantir esse território aos indígenas. A fotografia é belíssima e a grandiosidade das paisagens da região ajuda. Às vezes o filme dá umas tropeçadas na narrativa e é impressionante que com o grande lapso de tempo que ele cobre, os personagens não envelheçam. Mas mesmo assim é um bom filme e, ao deixar claro como todos os governos tiveram políticas extremamente ineficientes (para não dizer ignorantes) em relação aos povos indígenas, nos faz refletir ainda mais sobre

A Pele Que Habito (La Piel Que Habito/ 2011)

Assistido em: 06/01/2013 Falar quase qualquer coisa sobre esse filme do Almodóvar é spoiler. O que posso dizer sem entregar demais é Antonio Banderas interpreta Robert Ledgard, um cirurgião plástico que desenvolveu uma pele artificial mais resistente que a humana e a está testando em Vera Cruz, uma moça muito parecida com sua esposa que faleceu em virtude de queimaduras. O filme fala de obsessão em um nível “Um corpo que cai”. A casa onde a maior parte da história se passa é fria, quase estéril, com decoração moderna e muita tecnologia. O contraste vem de um quadro de Ticiano que

Persépolis (Persepolis/ 2007)

Assistido em: 05/01/2013 Baseado no quadrinho autobiográfico de mesmo nome de Marjane Satrapi, Persepolis é um retrato de sua infância antes da revolução iraniana de 1979 e de sua adolescência e juventude após ela. A convivência familiar, as dúvidas existenciais, as histórias de luta e restrições das liberdades individuais (especialmente das mulheres) permeiam toda a narrativa. O desenho em preto e branco e o traços simples funcionam muito bem na linguagem do filme, que não teria sido melhor se fosse live action. Recomendadíssimo!

Poder sem Limites (Chronicle/ 2012)

Assistido em: 04/01/2013 Com um orçamento enxuto estimado em 12 milhões, Poder Sem Limites relata a história de 3 adolescentes que que adquirem poderes de telecinese e sua jornada ao lidar com eles. Os efeitos, obviamente, não são de primeira qualidade, mas paramos de prestar atenção nisso porque servem muito bem à história. A narrativa do meio por fim escala rápido demais, mas de uma maneira geral é um filme satisfatório.