Estante da Sala

Melhores filmes de 2020

Também conhecido como “os filmes que eu mais gostei de ver”, portanto algo bastante pessoal. Como sempre nos últimos anos, não fiz repescagem em dezembro. Esse ano foi muito atípico e cansativo, mas isso todo mundo sabe. Acabei assistindo a número bastante reduzido de lançamentos. Em meio ao caos do ano, fui jurada no Júri da Crítica do 48º Festival de Cinema de Gramado e no Júri da Crítica da 44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, mediei debates, cobri festival, toquei o doutorado em frente (e consegui uma bolsa de estágio na Itália, para onde devo ir no

Adoráveis Mulheres (Little Women, 2019)

Meg, Jo, Beth e Amy já foram protagonistas de diversas adaptações cinematográficas ou televisivas do livro Mulherzinhas, publicado por Louisa May Alcott em 1868. Aqui elas são interpretadas por Emma Watson, Saoirse Ronan, Eliza Scanlen e Florence Pugh, respectivamente. Greta Gerwig, que escreveu e dirigiu essa versão, tomou liberdades que se mostraram frutíferas para a história. As quatro irmãs March vivem com sua mãe, Marmee (Laura Dern), em uma casa simples, por onde paira a lembrança de uma época em que tiveram mais dinheiro. O pai (Bob Odenkirk), está ausente, na Guerra Civil. Sua figura se materializa nas cartas que

Melhores filmes dirigidos por mulheres da década

Nesse final de ano organizei uma lista de 50 melhores filmes dirigidos por mulheres da década de 2010 no Feito por Elas, convidando jornalistas, críticas e pesquisadoras para enviar seus votos. O resultado pode ser conferido no site. Abaixo listo meus 10 votos e 5 menções honrosas. O critério da lista leva em conta a data de produção, uma vez que alguns desses filmes nunca foram lançados comercialmente no Brasil, o que explica o 1º lugar. Também tenho um critério pessoal de apenas 1 filme por diretor/a em cada lista. Se não fosse isso, talvez a lista fosse diferente. A lista também

Melhores filmes de 2018

Também conhecido como “os filmes que eu mais gostei de ver”, portanto algo bastante pessoal. Novamente não fiz repescagem em dezembro, porque estou cansada e não quis correr atrás do que deixei pelo caminho. Esse ano foi recheado de trabalho, incluindo dois júris (no Festival Internacional do Mulheres no Cinema e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo), alguns debates, eventos acadêmicos, docência e minha admissão na ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Sobre essa retrospectiva, devo avisar que não tomei grande cuidado ao ordenar os filmes e depois do décimo quinto já não obedecem mais ordem alguma

Lady Bird: A Hora de Voar (Lady Bird, 2017)

I’m broke but I’m happy, I’m poor but I’m kind I’m short but I’m healthy, yeah I’m high but I’m grounded, I’m sane but I’m overwhelmed I’m lost but I’m hopeful, baby What it all comes down to Is that everything’s gonna be fine, fine, fine ‘Cause I’ve got one hand in my pocket And the other one is giving a high five (Hands in My Pocket- Alanis Morissette) O ano é 2002. Em uma casa na periferia de uma monótona cidade de interior, uma jovem de dezessete anos discute com sua mãe sobre seus planos para o futuro (ou

Frances Ha (2013)

Assistido em 10/12/2013. [youtube=https://www.youtube.com/watch?v=hZWdYn7ZQFM] Frances Ha é o tipo de filme que desperta diversas emoções. Dirigido Noah Baumbach e co-roteirizado por ele e Greta Gerwig, ele é o retrato de um momento na vida da jovem no título, interpretada por Gerwig. Frances é adorável e falha, tem seus vinte e poucos anos, tenta vencer na vida como bailarina, mas está passando da idade. Assim como eu e outros tantos dessa geração e das mais novas, tenta encontrar o seu caminho. Morar em Nova York, onde qualquer cubículo custa uma fortuna de aluguel não ajuda. O contraste entre aqueles que procuram por realização