Dando continuidade à análise da filmografia do diretor Lars von Trier, do qual já escrevi sobre os primeiros curtas de sua carreira, chego agora aos primeiros longas que produziu. Pode-se dizer que Befrielsesbilleder (1982) é uma obra de transição e por isso também foi citado no texto anterior. Encaixa-se na proposta de seus curtas, mas já se relaciona estética e tematicamente com os filmes seguintes. Pode-se dizer que o começo de sua filmografia será marcada pelo monocromatismo, já aqui presente. O filme é dividido em três fases: vermelho, amarelo e verde. A história, sobre a Europa na II Guerra Mundial, indica o tema
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Os Primeiros Curtas de von Trier
Um dos aspectos mais interessantes de assistir a trabalhos antigos de certos diretores é conseguir ver ali características que marcariam sua obra posterior já amadurecida. O diretor dinamarquê Lars von Trier teve uma produção bastante precoce. Desde cedo tendo em mãos uma câmera 8mm, produziu diversos filmes curta metragem ao longo da adolescência e juventude, vários dos quais estão disponíveis na internet. O primeiro deles é The Trip to Squash Land (Turen til Squashland, 1967). Trier tinha, então, 11 anos de idade e a animação em stop motion é uma demonstração de fervilhante criatividade de sua mente ainda infantil. Ele
Dançando no Escuro (Dancer in the Dark, 2000)
Lars von Trier é sempre uma figura difícil, com obras interessantes e espinhosas de analisar. Dançando no Escuro é um filme que em certos aspectos se diferencia do restante da filmografia do diretor. Protagonizado pela cantora islandesa Björk, trata-se de um musical. Em 1995 von Trier lançava o manifesto Dogma 95, que escreveu com outros jovens diretores dinamarqueses e que pedia filmes mais naturais, com uso de luz ambiente, som diegéticos, filmados em locação e sem efeitos visuais ou filtros. Essa crueza pretendida não poderia ser mais oposta ao gênero musical, que talvez seja o mais artificial de todos os gêneros
Ninfomaníaca: Volume 1 e Volume 2 (Nymphomaniac: Vol. I and Vol. II/ 2013)
https://www.youtube.com/watch?v=OWxxwJHoSjg Ninfomaníaca é o terceiro filme da trilogia que Lars von Trier criou para lidar com sua depressão (precedido por Anticristo e Melancolia) e foi dividido em dois volumes para lançamento no cinema porque a duração ficou muito longa. É impossível analisá-los de maneira separada (pois fica patente que compõem um filme só), mas ao mesmo tempo há uma quebra de ritmo e de clima em relação ao que é exibido em cada um deles. Sexo e religiosidade são temas recorrentes do autor. Aqui novamente eles aparecem como protagonistas. O professor Peter Schepelern, da Universidade de Copenhagen, em sua aula sobre o cineasta,
Melancolia (Melancholia/ 2011)
Assistido em: 19/01/2013 Adiei a ideia de assistir esse filme por algum tempo, confesso. É fato que o desgraçado é bom! Só os 10 primeiros minutos já são uma obra de arte! As cenas em ultra câmera lenta, com situações de pesadelo ditam o clima do filme que se segue. É lindo e aterrorizante a noiva tentando andar enquanto as raízes das árvores seguram seus passos. Eu poderia aqui falar sobre o que se trata a história e descrever as personagens que habitam esse universo, mas acho que seria infrutífero no entendimento. Dividido em 2 partes, uma para cada uma