Estante da Sala

Os 25 Melhores Filmes de 2013 Que Não São de 2013

Este foi um ano em que assisti muitos filmes. Propus-me a escrever sobre todos que visse, mas falhei , pois a contagem já passou de duzentos, nem todos foram muito interessantes e em muitos casos faltou tempo ou vontade. Dentre esse grande número de filmes vistos, poucos realmente eram desse ano: são muitos filmes clássicos ou que deixei passar batido na infância para dar conta de cobrir nessa vida cinéfila. A proposta dessa lista é levantar os melhores filmes que vi pela primeira vez e que não são lançamentos desse ano, uma verdadeira tarefa ingrata. Acabei selecionando vinte e cinco,

007: Operação Skyfall (Skyfall/2012)

Assistido em 30/11/2013 [youtube=https://www.youtube.com/watch?v=pp9yRo-8ZBs] Sometimes the old ways are best. Não sou fã da franquia 007. Apesar disso, já assisti filmes de quase todas as encarnações do espião, passando por todas as décadas, graças ao meu pai, que gostava muito do personagem. Sempre achei as tramas mirabolantes e não conseguia mergulhar nas histórias. Resolvi dar uma chance para Skyfall depois de ler tantos comentário positivos e também porque Sam Mendes (de Beleza Americana, Foi Apenas um Sonho, entre outros) na direção é no mínimo um contraste interessante. O filme já começa com uma bela sequência de ação que dura em

Assassinato em Gosford Park (Gosford Park/ 2001)

Assistido em 15/11/2013 Há alguns meses havia escrito que comecei a assistir Downton Abbey. O primeiro impacto havia sido bastante positivo: lindos figurinos da década de 1910 e uma trama que parecia interessante ao ressaltar as relações entre a antiga nobreza e a vida de seus criados no andar debaixo naquele começo de século. Após o término da quinta temporada, o que tenho a dizer é que os figurinos, agora já na década de 20, continuam lindos, mas a trama provou-se um grande novelão. O criador e roteirista, Julian Fellowes, não hesita em tratar a criadagem como os maiores conservadores

Cabo do Medo (Cape Fear/ 1991)

Assistido em 02/11/2013 [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=5Qc9sh1laQk] A década de 1980 não foi um período fácil para o cinema. Embora, obviamente,  possa ter saudosismo em relação a muitos filmes da minha infância, não dá para negar o estrago. Até 1968 a produção de cinema era feita sob o Código Hays, que proibia uma série de itens expostos na trama, como relações interraciais, tráfico de drogas, ridicularização de religião, doenças venéreas, entre outros. Por isso é comum termos a impressão que filmes antigos eram mais “limpos”, embora violência e sexualidade ainda assim fossem assuntos abordados, mas de forma velada (alô, Gilda!). Dizem que a

Cisne Negro (Black Swan/2010)

Assistido em 19/10/2013 [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=4LxWFX5LGq0] Darren Aronofsky é um diretor obcecado por obsessão. Todos os seus filmes lidam com essa temática, em maior ou menor grau. Em Cisne Negro, Nina (Natalie Portman), uma bailarina do corpo de balé, tem na dança sua paixão. Aos vinte e poucos anos, controlada pela mãe Erica (Barbara Hershey), que largou o balé quando engravidou, ela vive apenas para dançar, deixando de lado sua vida pessoal e sexual. A dominação materna se manifesta na falta de privacidade dentro de casa, no modo infantil como é tratada e, consequentemente, como age, e numa relação abusiva como um

Invocação do Mal (The Conjuring/2013)

Assistido em 12/10/2013 [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=TqkqUYkmFO4] Esse ano tem sido um de explorar um pouco gêneros que dizia não gostar, como comédia e terror. É bom porque você descobre que não gostava porque estava vendo os filmes errados. Conforme já mencionei em textos sobre vários outros filmes, não costumo me impressionar facilmente com filmes de terror que envolvem o sobrenatural, devido ao meu ceticismo sempre presente. Mas Invocação do Mal é um filme muito bem feito. O diretor, James Wan, construiu um mundo em que fenômenos de assombração são quase críveis.  O longo tem como protagonistas o casal Ed (Patrick Wilson) e

Figurino: O Espião que Sabia Demais- Homens Sisudos e Guerra Fria

Texto originalmente publicado na coluna Vestindo a Cena em 28/08/2013. É muito comum ouvirmos comentários elogiosos a figurinos de filmes de época recheados com grandes e belos vestidos e filmes de fantasia que extrapolem os limites da nossa imaginação. Mesmo as grandes premiações, com exceções das específicas da área, geralmente tem entre seus indicados apenas filmes que se enquadram nesses dois grupos. Figurinos masculinos ou figurinos contemporâneos raramente despertam o mesmo tipo de comoção. Trabalhá-los significa se entregar a sutilezas que podem passar despercebidas por grande parte do público. Um belo exemplo é O Espião que Sabia Demais (Tinker Taylor Soldier Spy),