Estante da Sala

Os Oito Odiados (The Hateful Eight, 2015)

https://www.youtube.com/watch?v=QPvuptLl_H8 Em E Não Sobrou Nenhum (anteriormente chamado de O Caso dos Dez Negrinhos), de 1939, um dos romances policiais mais famosos da escritora britânica Agatha Christie, dez desconhecidos se vêm confinados em uma casa isolada em uma ilha durante um fim de semana. Eles morrem um a um, gradativamente aumentando a tensão entre os sobreviventes, que precisam descobrir quem é o responsável pelos assassinatos. A premissa da cabana isolada não é nenhuma novidade, mas o diretor e roteirista Quentin Tarantino faz bom uso dela em Os Oito Odiados. Kurt Russel é John Ruth, um caçador de recompensas que transporta Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh), por quem

Livro: Imagem-Violência

O cinema dos anos 90 é o da crueldade irônica Jean-Claude Bernardet O livro Imagem-Violência: etnografia de um cinema provocador é fruto da dissertação defendida pela antropóloga Rose Satiko Gitirana Hikiji em 1999. Após uma introdução escrita por Massimo Canevacci (autor do livro Sincrétika, que listei entre os melhores que li ano passado), a autora apresenta o contexto de seu trabalho, que foi a primeira pesquisa em antropologia visual defendida na Universidade de São Paulo. Nesse contexto, a área estava começando a se estabelecer e a USP contava e ainda conta com um Grupo de Antropologia Visual e um Laboratório de

Figurino: Django Livre

Esse ano, antes da Academia anunciar os indicados ao Oscar, uma página de teste com uma suposta lista foi ao ar por engano e constava que Sharen Davis havia recebido a indicação de Melhor figurino por Django Livre. Ela já possuía duas indicações anteriores, por Dreamgirls (2006) e Ray (2004). Acontece que quando a lista oficial foi ao ar, ela não estava entre os indicados (que foram Anna Karenina; Os Miseráveis; Lincoln; Espelho, Espelho Meu e Branca de Neve e o Caçador). Em minha opinião sua indicação caberia, pois o figurino de Lincoln não está muito interessante e o de

Django Livre (Django Unchained/ 2012)

Assistido em 31/03/2013 Só muito recentemente comecei a assistir filmes de western (nosso bom e velho “bang-bang”), então não entendo muito do gênero. As histórias de honra e vingança não me pegam, mas gosto das tomadas lindas e lentas de Sergio Leone. Aqui Tarantino se propôs a homenagear esses filmes já clássicos. Todo tipo de problema aconteceu durante a produção, atrasando-o e levando atores a abandonarem o projeto até a última hora. Um pouco disso transparece no resultado final. Não me levem a mal, antes de tudo devo confessar que não gosto dos trabalhos de Tarantino. Na minha opinião ele