Assistido em 29/08/2013
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Que filme fantástico! The Rocky Horror Picture Show é um musical inspirado pelos filmes clássicos de ficção científica, adaptado da peça de teatro que estava em cartaz em Londres desde 1973. A direção é de Jim Sharnan e o elenco da peça repete os seus respectivos papéis no filme, com exceção dos dois personagens principais, Janet (Susan Sarandon) e Brad (Barry Bostwick), que foram interpretados por atores americanos.
Os créditos de abertura já são ótimos, com uma grande boca vermelha cantando uma música que cita vários elementos da ficção científica. Após isso somos deslocados para o mundo comum de Janet e Brad, um casal certinho, dentro dos padrões de “normalidade” e de gênero esperados. A sequência se passa em um casamento de amigos deles e Janet pega o buquê. Ela parece pressioná-lo a pedi-la em casamento e ele não está muito à vontade, mas por fim faz o pedido, em frente a um grande coração, no cemitério.
A seguir, o casal viaja e no meio da noite, enquanto chove, o carro enguiça. Ao pedirem abrigo e ajuda em um castelo nas redondezas, descobrem que o lugar é a bizarra moradia do doutor Frank-N-Furter (em uma memorável atuação de Tim Curry), onde ocorre uma convenção do planeta Transsexual da galáxia Transilvânia. À partir daí nossos protagonistas se vêm em uma sequência de experiências que vão mudar suas perspectivas em relação à própria sexualidade.
O design de produção, embora relativamente simples, mantendo a estética teatral, é bastante marcante. É fácil reparar na quantidade de vermelhos em cena, frisando a paixão de Frank-N-Furter. As músicas, muito boas, permanecem na cabeça por muito tempo ( dez dias depois e eu ainda estou cantarolando “touch-a touch-a touch-a me”). As referências aos antigos estúdios, como na torre no palco nas sequências finais, e à filmes clássicos, como A Noiva de Frankenstein (através do cabelo de Magenta) e King Kong (quando Rocky Horror escala a torre) não passam despercebidas também. Essa sequência final em que todos dançam no palco usando cinta liga e corpete é simplesmente fantástica.
Mais que divertido, o filme é inovador e brinca com o que é excluído, criando uma estética de transgressão, mas sem jamais se levar a sério. O resultado final do que se pretende galhofa, é surpreendentemente bom, e não a toa se tornou objeto de culto.
Para ler uma análise completa sobre o figurino e as questões de gênero levantadas no filme, acesse aqui.
3 thoughts on “The Rocky Horror Picture Show (1975)”