When the routine bites hard And ambitions are low And the resentment rides high But emotions wont grow And were changing our ways, Taking different roads Then love, love will tear us apart again (Love will tear us apart- Joy Division) Em seu novo filme, a cineasta Júlia Murat se debruça sobre um ambiente de proximidade, retratando um casal de artistas. A protagonista sem nome (Raquel Karro), bailarina, se muda com seu companheiro (Rodrigo Bolzan), escultor, para um enorme galpão de indústria. O espaço é logo transformado em lar, com os objetos pessoais do casal dispostos em prateleiras cuidadosamente etiquetadas
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A Bela e a Fera (Beauty and the Beast, 2017)
Como já diria a canção, um conto tão antigo quanto o próprio tempo: apesar de improvável dois jovens se apaixonam. Em mais uma recriação com atores de uma de suas animações clássicas, a Disney traz ao público novamente A Bela e Fera, dessa vez dirigido por Bill Condon. O pontapé inicial da trama já é conhecida do público: uma feiticeira disfarçada de idosa oferece uma rosa em troca de abrigo a um príncipe em seu castelo. Ele, repudiando a aparência da mulher, expulsa-a e é punido com sua transformação em uma besta de aparência feroz, para que aprenda que a beleza é
La La Land: Cantando Estações (La La Land, 2016)
fico-me perguntando como teria sido se tudo fosse diferente ah, como me inquietam essas histórias passadas como teria sido se não fosse como foi perguntas sem respostas respostas sem perguntas* (I.W.) Filmes musicais são mágicos por excelência. Embora alguns espectadores enxerguem a música como uma quebra de realidade, ela serve justamente para intensifica-la e expandi-la, externando o que é interno aos personagens. Basta pensar em Gene Kelly literalmente cantando na chuva, no filme de mesmo nome, em virtude da alegria de um amor correspondido. La La Land, novo trabalho do diretor Damien Chazelle, embarca nessa proposta trazendo ao público o
A Criada (Ah-ga-ssi, 2016)
Perverso e delicioso, A Criada, novo filme dirigido por Park Chan-Wook, se desenrola em camadas, brincando inescrupulosamente com as expectativas de quem o assiste. Adaptado da novela Fingersmith, de Sarah Waters, trata da história de um golpista que se passa por um conde chamada Fujiwara (Jung-woo Ha) para casar com a senhorita Hideko (Min-hee Kim), uma jovem herdeira, com a ajuda de Sook-Hee (Tae-ri Kim), uma batedora de carteiras que posiciona como a criada pessoal do título e por quem a primeira se apaixona. A história original se passa no contexto do rígido sistema de classes vitoriano, e aqui é
Figurino: Carol
Muitas vezes, nesse espaço, coloquei ênfase no uso de cores vinculado às trajetórias dos personagens e em como a mudança delas pode marcar momentos importantes da trama. (Cito como exemplo alguns dos textos que mais gostei de fazer: Precisamos Falar Sobre o Kevin , Segredos de Sangue e Drácula de Bram Stoker). É comum que filmes em cores sejam entendidos como representações realistas, pura e simplesmente, uma vez que o meio ao nosso redor também é colorido. Mas nem sempre isso é verdade, porque as cores dispostas em cena são escolhas deliberadas, para servir à narrativa, criar atmosfera ou destacar elementos específicos. O
Descompensada (Trainwreck, 2015)
Descompensada é o primeiro filme do diretor Judd Apatow que não é roteirizado por ele mesmo. Dessa vez a escrita fica por conta de Amy Schumer, comediante com a qual não tive contato anterior para saber como é seu trabalho solo. Apatow, por sua vez, cria comédias com as quais não consigo ter muita identificação, então acho que não sou exatamente o seu público alvo. O resultado da união entre os dois é um filme que claramente tem dois autores. O que chama mais atenção é que apesar do roteiro ser de Schumer, a estrutura é similar a de outros trabalhos do diretor:
Brooklyn (2015)
Brooklyn é uma fábula sobre migração e a busca por um lugar para si. Eilis (Saoirse Ronan) é uma jovem irlandesa de cidade pequena que, com a ajuda daqueles que a rodeiam, migra para os Estados Unidos na década de 1950 e se estabelece no Brooklyn. Padre Flood (Jim Broadbent) havia, com antecedência, conseguido uma vaga para que ela morasse na pensão da Sra. Keogh (Julie Walters) e um emprego em uma loja, sob o olhar vigilante e cuidadoso da Srta. Fortini (Jessica Parré). O filme é dirigido por John Crowley e conta com roteiro de Nick Hornby, adaptado do romance de Colm