Estante da Sala

Blade Runner 2049 (2017)

Então Deus lembrou-se de Raquel. Deus ouviu o seu clamor e a tornou fértil. (Gênesis 30:22) Los Angeles, 2049: uma cidade cinza, chuvosa, mas com menos neon do que alguns anos antes. Como o próprio nome indica, Blade Runner 2049 se propõe a ser uma sequência do clássico de 1982, cuja narrativa se passa cerca de três décadas depois. Se aquele era dirigido por Ridley Scott, esse fica nas mãos de Denis Villeneuve. O roteiro, por sua vez, tem autoria dividida entre Hampton Fancher, que também roteirizou o primeiro filme, e Michael Green, responsável pelo argumento de Alien: Covenant. E isso explica

La La Land: Cantando Estações (La La Land, 2016)

fico-me perguntando como teria sido se tudo fosse diferente ah, como me inquietam essas histórias passadas como teria sido se não fosse como foi perguntas sem respostas respostas sem perguntas* (I.W.) Filmes musicais são mágicos por excelência. Embora alguns espectadores enxerguem a música como uma quebra de realidade, ela serve justamente para intensifica-la e expandi-la, externando o que é interno aos personagens. Basta pensar em Gene Kelly literalmente cantando na chuva, no filme de mesmo nome, em virtude da alegria de um amor correspondido. La La Land, novo trabalho do diretor Damien Chazelle, embarca nessa proposta trazendo ao público o

Diário de Uma Paixão (The Notebook, 2004)

https://www.youtube.com/watch?v=_m_6gawr2OE Assisti esse filme há muitos anos e lembro-me de não ter ficado nada impressionada. Com o passar do tempo, percebi que muitas pessoas gostam genuinamente dele e resolvi, então, revê-lo. Acho que dessa vez gostei menos ainda. É fácil tentar simpatizar com a trama: história de amor proibido, “Romeu e Julieta”, capaz de superar todos os obstáculos? Como não gostar? Dois bonitinhos, Ryan Gosling e Rachel McAdams nos papeis principais, como Noah e Allie e teríamos a fórmula perfeita, certo? Acontece que tudo parece dar errado nessa combinação. A história, baseada em uma romance de Nicholas Sparks, é puro