Impressiona a maneira como o diretor Jonatham Demmes, juntamente com o diretor de fotografia Tak Fujimoto, inseriu close ups ao longo de toda a narrativa de O Silêncio dos Inocentes (1991), ao mesmo tempo explorando as emoções dos personagens e aumentando a sensação de tensão, pela exclusão do entorno. Quase sempre os personagens olham diretamente para a câmera (e consequentemente para o espectador), de maneira a intensificar a transmição das emoções sentidas em cena. Fiz uma compilação de alguns momentos em que a técnica é utilizada, mas esses não foram os únicos. Muitos personagens secundários também aparecem em close. Além disso há uso de alguns extreme close ups. As imagens falam por si só.



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![[43ª Mostra de São Paulo] O Farol (The Lighthouse, 2019)](https://estantedasala.com/wp-content/uploads/2019/11/LH_SS_03805_BW_RC4-150x150.jpg)
Isabel, concordo contigo, inclusive esse recurso é muito utilizado por Demme e seu fotógrafo, mesmo em filmes como “Filadélfia”, as refilmagens de “Sob o Domínio do Mal”
e “O Segredo de Charlie”, sendo essa uma marca de um diretor tão versátil e talentoso, mas concordo com o fato de que foi melhor empregado em “O Silêncio dos Inocentes” (quem sabe por se tratar de um Thriller, contribuindo para sua tensão e até certa claustrofobia ao estarmos num ponto de vista tão próximo dos personagens) do que nos filmes que vieram depois, tanto é que em seu último filme, “O Casamento de Rachel” a lógica de sua estética visual assume outras formas, mais adequadas àquela narrativa. Finalizando, ótimas imagens que capturastes.
Oi, Gustavo!
Do Jonathan Demmes, além de Silêncio dos Inocentes, só vi Filadélfia e O Casamento de Rachel. Os dois primeiros há muito tempo. Revendo agora é que eu percebi a técnica. Interessante saber que se repete ao longo da obra. Obrigada pelo seu comentário!