Esta crítica faz parte da cobertura da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 17 e 30 de outubro na cidade. Extremamente divertido. Esse não é a descrição que esperaria utilizar para descrever um filme sobre duas figuras eclesiásticas, mas é um resumo perfeito para Dois Papas, escrito por Anthony McCarten e dirigido por Fernando Meirelles. O filme mostra as eleições do cardeal Ratzinger (Anthony Hopkins, com lentes de contato castanhas) e do cardeal Bergoglio (Jonathan Pryce), que assumiram os nomes de papa Bento XVI e Papa Francisco, respectivamente, no mais alto cargo da hierarquia da
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[43ª Mostra de São Paulo] O Farol (The Lighthouse, 2019)
Esta crítica faz parte da cobertura da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 17 e 30 de outubro na cidade. Depois do sucesso de A Bruxa, o cineasta Robert Egger retorna ao gênero terror com O Farol. Novamente um filme de época, dessa vez na virada do século XIX para o século XX, acompanhamos um faroleiro, Thomas Wake (Willem Dafoe) e seu novo assistente Ephraim Winslow (Robert Pattinson), que são deixados por um barco na ilha onde se localiza o farol em que trabalharão pelas próximas quatro semanas. Brutos no tratamento, logo se estabelece uma
[43ª Mostra de São Paulo] O Paraíso de Maria (Marian Paratiisi, 2019)
Esta crítica faz parte da cobertura da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 17 e 30 de outubro na cidade. Os créditos iniciais do filme O Paraíso de Maria avisam que trata-se de uma “ficção baseada em eventos reais”. O que se segue é de tal forma absurdo que mostra porque muitas vezes a criatividade humana se volta a acontecimentos reais para ter inspiração, já que pouca imaginação poderia criar tudo isso do zero. Com direção de Zaida Bergroth e roteiro de Anna Viitala e Jan Forsström, o filme se passa na Finlândia em 1927.
[43ª Mostra de São Paulo] Segredos Oficiais (Official Secrets, 2019)
Esta crítica faz parte da cobertura da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 17 e 30 de outubro na cidade. Keira Knightley em um drama de época. Embora tal frase resuma boa parte da carreira da atriz, nesse filme o retrato histórico é quase nosso contemporâneo (e nos faz pensar na forma como acontecimentos de épocas em que já vivemos podem ser consideradas momentos da história, mesmo que da história recente). Dirigido por Gavin Hood, o filme é adaptado do romance The Spy Who Tried to Stop the War: Katharine Gun and the Secret Plot
[43ª Mostra de São Paulo] Babenco: Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer Parou (2019)
Esta crítica faz parte da cobertura da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 17 e 30 de outubro na cidade. Hector Babenco é um cineasta argentino que atuou no Brasil com grandes sucessos, tanto quanto se trata de público, quanto crítica. O filme foi premiado como o Melhor Documentário sobre Cinema no Festival de Veneza, mas não necessariamente fala sobre a obra do diretor, como tal fato pode levar a entender. Dirigido por Bárbara Paz, que também foi sua companheira nos últimos anos de vida, temos um recorte específico do homem por trás da arte.
[43ª Mostra de São Paulo] Deus é Mulher e Seu Nome é Petúnia (Gospod Postoi, Imeto i è Petrunija, 2019)
Esta crítica faz parte da cobertura da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 17 e 30 de outubro na cidade. Petúnia (Zorica Nusheva) mora com os pais, tem mais de 30 anos, um diploma universitário que nunca usou e está desempregada. Ela é o contra-exemplo daquilo que é considerado ideal, especialmente para os referidos pais, a quem é uma fonte de preocupação. Eles só desejam que tenha um emprego estável para ter acesso a seguridade social. Além disso está fora dos padrões estéticos exigidos pelo capitalismo quando se trata de mulheres: além de ter passado
[43ª Mostra de São Paulo] Parasita (Gisaengchung, 2019)
Esta crítica faz parte da cobertura da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre entre 17 e 30 de outubro na cidade. Conhecido pela inventiva mescla de gêneros cinematográficos em suas narrativas, o diretor Bong Joon Ho volta, depois de Okja, a falar abertamente sobre as irreconciliáveis tensões entre classes sociais, como já havia feito em Snowpiercer. Parasita é uma intensa reflexão sobra as dinâmicas sociais que regem as relações entre ricos e pobres, pautadas, muitas vezes em situações despropositadas. Com roteiro do próprio Joon Ho, junto com Han Jin Won, o filme apropriadamente começa como uma